De acordo com notícia da TSF, “existem taxas de sobrevivência diferenciadas ao cancro segundo as regiões do país”. Estas serão “mais elevadas em Lisboa e Vale do Tejo”. Acrescenta a TSF que “não existe uma explicação oficial, mas tudo parece indicar que tal facto se deve à diferença entre número de rastreios”.
Acrescento eu, se me é permitido e antes que se esbanje dinheiro sem sentido, que essa diferença entre número de rastreios não terá apenas que ver com número de centros onde estes se possam efectuar e sua acessibilidade, número de médicos e centros de saúde, equipamentos, listas de espera, etc, etc. Tudo isso terá a sua importância mas não é suficiente. A questão será bem mais funda e terá, na sua base, que ver fundamentalmente com o nível de educação e conhecimento dos habitantes de cada uma das regiões. Numa doença em que a detecção precoce é fundamental e em que cada um assume nessa detecção um papel insubstituível, será com certeza possível efectuá-la com mais frequência e cuidado junto de uma população mais instruída do que numa região onde, maioritariamente, a população apresente índices inferiores de desenvolvimento humano (instrução, iliteracia, capacidade de compreensão, hábitos de higiene, etc). Aliás, falando de um modo geral, este (o índice de desenvolvimento humano) é um dos principais factores limitativos de uma maior eficácia nos serviços prestados pelo SNS. E, até, de uma melhor aplicação de recursos, inclusivé financeiros. A quem não estiver de acordo, sugiro uma visita a algumas urgências hospitalares ou centros de saúde.
Acrescento eu, se me é permitido e antes que se esbanje dinheiro sem sentido, que essa diferença entre número de rastreios não terá apenas que ver com número de centros onde estes se possam efectuar e sua acessibilidade, número de médicos e centros de saúde, equipamentos, listas de espera, etc, etc. Tudo isso terá a sua importância mas não é suficiente. A questão será bem mais funda e terá, na sua base, que ver fundamentalmente com o nível de educação e conhecimento dos habitantes de cada uma das regiões. Numa doença em que a detecção precoce é fundamental e em que cada um assume nessa detecção um papel insubstituível, será com certeza possível efectuá-la com mais frequência e cuidado junto de uma população mais instruída do que numa região onde, maioritariamente, a população apresente índices inferiores de desenvolvimento humano (instrução, iliteracia, capacidade de compreensão, hábitos de higiene, etc). Aliás, falando de um modo geral, este (o índice de desenvolvimento humano) é um dos principais factores limitativos de uma maior eficácia nos serviços prestados pelo SNS. E, até, de uma melhor aplicação de recursos, inclusivé financeiros. A quem não estiver de acordo, sugiro uma visita a algumas urgências hospitalares ou centros de saúde.
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