O futebol português – e José Pacheco Pereira que me desculpe por lhe pedir emprestada a expressão – teve hoje o seu “momento Chavez”. Passámos todos a saber que para o Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol, constituído por mui ilustres e doutos juristas (nem poderia ser de outro modo), a “linguagem popular e do desporto” (sic) prevalece sobre a linguagem técnico-jurídica. Resta saber quem define e o que se pode assumir como “linguagem popular e do desporto”, se as “transições ofensivas” de Luís Freitas Lobo, a expressão gestual de Fernando Seara no “Dia Seguinte”, os “unhs”, “unhs” de Luís Filipe Vieira, o “Cântico Negro” declamado pelo presidente do FCP ou o léxico colorido dos expontâneos da “Liga dos Últimos”. Venha pois o respectivo código onde possa ser devidamente oficializada e condensada. E, claro está, espero que a partir deste momento a FPF substitua a palavra treinador por “mister” em toda a sua comunicação e documentos oficiais.
Se a decisão faz jurisprudência...
Eu sou o Gato Maltês, um toque de Espanha e algo de francês. Nascido em Portugal e adoptado inglês.
terça-feira, fevereiro 03, 2009
O "momento Chavez" do futebol português...
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4 comentários:
incrível... que país de bananas...
E ainda por cima acho que a decisão foi unânime: SETE A ZERO!
No meu tempo de "jovem turco" exigia-se "a imaginação ao poder". Hoje apenas se pede alguma (pouca) competência. Mas pelos vistos nem isso.
Ainda por cima, Rato,este é um dos tais casos em que a lei é clarissíma. Tem todo o ar de decisão encomendada. Se no futebol é assim...
Permita-me uma correcção: os órgãos da Liga e da FPF - sobretudo os simulacros de órgãos de justiça, funcionando á velha maneira dos órgãos jurisdicionais dos partidos políticos - são um permanente MOMENTO CHÀVEZ.
Temos um Conselho que se diz de Justiça da FPF, composto por ex- pretensos juristas que se prestam a ser mandatários dos interesses clubísticos, corporativos e comerciais, políticos, funcionais da Liga. Uma espécie de mandatários...que até se dão ao luxo de desrespeitaram um Acórdão de um Tribunal Superior e não sabem, sequer, interpor recurso no Tribunal Constitucional!
Tudo isto, d eDireito, não tem nada; de Chàvez, apesar de tudo, é capaz de não conseguir ter tanta lata!...(pelo menos, vai perdendo, de vez em quando, referendos)
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