Existe uma coligação de interesses em torno da candidatura de António Costa? Claro que sim: em democracia os partidos e candidaturas tendem a reflectir os vários interesses e tendências plurais existentes na sociedade. Ainda bem que assim é, e tanto melhor quanto mais diversificados forem esses mesmos interesses. Um político fraco e inexperiente, sem peso político próprio, tende a ser manobrado por eles, ficando deles refém e, no limite, sendo “atropelado” por eles. Ou então, por não se sentirem nele representados, tenderão a expulsá-lo. Foi um pouco disso o que aconteceu a Carmona Rodrigues. Um político experiente, com ambições e um projecto próprio, sabe gerir esses interesses, conseguindo manter perante eles uma certa autonomia, jogando com os objectivos de cada um deles e com as suas interdependências. Concedendo aqui e agora, para ser intransigente ali e depois. Essa é a minha esperança face a António Costa.
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