sexta-feira, setembro 16, 2011

Madeira: as perguntas a fazer

As notícias de hoje sobre a Região Autónoma da Madeira, mais do que contribuírem para avaliarmos da natureza política do regime que vigora no arquipélago e do perfil do respectivo Presidente do Governo Regional, avaliação essa já feita há muito tempo mesmo que por aqueles que por conveniência política ou pessoal sempre ao personagem se vergaram, lançam uma perplexidade e autorizam uma pergunta: como é possível que num país europeu desenvolvido, democracia de quase 40 anos consolidada, membro da UE há 25 anos, integrante da zona Euro desde o final da década de noventa, um governo de uma Região Autónoma consiga sonegar informação sobre as suas contas anos a fio? Que mecanismos de controlo existem e, caso existam, como foi possível contorná-los? Como podemos ter a certeza casos idênticos não se possam repetir nos Açores, autarquias, etc, etc? Ou será que tais mecanismos de controle e "reporting" não existem ou não funcionam e estamos apenas dependentes da honestidade, ética, perfil político, personalidade, etc, dos detentores de cargos políticos de governação? É a resposta a estas perguntas que ajudará a definir o país em que vivemos. 

2 comentários:

Anónimo disse...

Caro Jc

A situação é tão grave, que só me ocorre pensar que terão sido influencias gregas. Afinal não foram os gregos que "martelaram" os números aquando da entrada no euro ?

Em tom mais sério acredito que a resposta está na pergunta que coloca: "Ou será que tais mecanismos de controle e "reporting" não funcionam e estamos apenas dependentes da honestidade, ética, perfil político, personalidade, etc, dos detentores de cargos políticos de governação?"

Cumprimentos

JC disse...

Sou levado a crer que, pura e simplesmente não funcionam. E durante anos esse não funcionamento terá sido tolerado pq conviria a mtª gente. That's it.