Sou dos que acha Pedro Passos Coelho, na sua entrevista à RTP, se demarcou o "quanto baste" de Alberto João Jardim e do "forrobodó" da Madeira. Nenhum presidente do PSD, nos últimos anos, fez campanha com e por Alberto João Jardim? Certo, pelo menos directamente nas campanhas eleitorais da Região Autónoma. Mas Passos Coelho não manifestou apenas a certeza de não se deslocar ao arquipélago (duas ilhas e uns rochedos): foi veemente e claro na condenação e no seu distanciamento face às políticas e aos métodos jardinistas. Por mim, se a realidade não vier a desmentir o que disse, basta-me e estou esclarecido.
Mas atenção: se da parte do presidente do PSD posso considerar o assunto arrumado, já o mesmo não poderei dizer em relação ao PSD enquanto partido político que apoia o governo. O PSD-M é autónomo? Pois admitamos que sim, que o seja. Mas gostaria, e acharia mesmo indispensável, ver uma declaração política da direcção do PSD nacional demarcando-se do acontecido na Região Autónoma da Madeira e manifestando o seu afastamento da candidatura de Alberto João Jardim a mais um mandato como Presidente do Governo Regional, bem como do partido regional e candidatos que o apoiam. Digamos que está isso em falta, e competiria a Pedro Passos Coelho, enquanto presidente do partido, mover as suas influências internas para que tal viesse a acontecer. Tal não seria mais do que consequência lógica das afirmações inequívocas feitas na entrevista que concedeu a Vítor Gonçalves.
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