Ora vamos lá ver... Ao contrário do que diz Passos Coelho, a questão não é se do congresso do PS saíram ou não "propostas concretas", "grandes" ou "pequenas": não me parece os congressos partidários sirvam para apresentar um qualquer cardápio, rol ou listagem das tais "propostas concretas". Tal coisa parece-me ser mais da responsabilidade de grupos de estudo, "think tanks" e assim sucessivamente, a apresentar em circunstâncias menos dadas ao fervor partidário para TVs transmitirem. O que compete a um congresso do maior partido da oposição é, isso sim, aproveitar esses momentos TV para apresentar ao país uma ideia clara, um conceito mobilizador porventura expresso numa frase, numa "assinatura" que permita, a prazo mais ou menos longo, a sua recondução ao poder. E, de facto, aí sim, até talvez porque a perda do poder está ainda demasiado próxima e existe na sociedade portuguesa um vago clima de anestesia, mas também por ausência de um conceito inovador que substituísse a "repescagem" bafienta de um "slogan" guterrista, não me parece tal tenha sido conseguido. Uma oportunidade perdida? As próximas sondagens terão a palavra.
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