Então a "coisa" vai ser assim: Jardim irá fazer a sua campanha eleitoral sem envolvimento, e até perante o alheamento, do PSD nacional. Passos Coelho e os principais dirigentes nacionais não irão à Madeira (pode ser que um ou outro "chega-me isso" de quinta escolha por lá passe), mas também não deixarão de se abster de grandes ou pequenas críticas ao Presidente do Governo Regional (custa-me chamar-lhe assim, mas é este o cargo que ocupa). Será, digamos, como que um apoio tácito pelo silêncio. Algumas personalidades influentes do PSD nacional (os chamados "barões"), principalmente os já afastados da vida política activa mas com uma "voz" nos "media", não deixarão contudo, aqui e ali, de fazer ouvir a sua voz crítica em relação a Jardim, assim aproveitando para espetar umas alfinetadas em Passos Coelho, o que sempre ajuda a compor o "ramalhete". Alberto João será novamente eleito com maioria absoluta, embora com o menor número de votos de sempre, e a abstenção atingirá um número "record". Será então imposto um rigoroso plano de austeridade à Região Autónoma da Madeira e Jardim, depois de culpar "os do costume" e ao fim de algum tempo, apresentará a sua demissão "por motivos de saúde" sendo substituído pelo seu vice-presidente (Cunha e Silva?), que terá o apoio entusiástico do PSD nacional e será o candidato do partido em futuras eleições regionais, que ganhará. Como a memória dos povos é curta, Jardim não deixará de ir recebendo as "justas" homenagens pela dedicação à "causa pública" e serviços prestados ao povo madeirense. "Ita missa est".
Nota: pior do que perder, o que me parece muito pouco provável, o pior cenário para Alberto João e para o PSD (regional e nacional) seria o partido não conseguir maioria absoluta nas próximas eleições regionais. Seria o descalabro.
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