Mário Soares escreveu no seu habitual artigo de opinião no DN que PCP e Bloco de Esquerda "parece que querem voltar a um novo PREC". Com a devida vénia e ainda maior respeito por Mário Soares, acho que PCP e BE nunca verdadeiramente de lá (do PREC) saíram. Como partidos, na sua essência, marxistas-leninistas, que actualmente e na sua acção prática quase parecem Dupont e Dupond, limitaram-se a dar o passo atrás na perspectiva que novos tempos lhes venham a permitir dar os dois passos em frente, aplicando o velho e bem conhecido conceito "toda a flexibilidade táctica e nenhuma flexibilidade estratégica".
E se o PCP pode contar para as suas acções com um número de votantes fiel e uma base autárquica e sindical consistente, quer-me parecer que, na conjuntura, o mimetismo táctico e de imagem para que tende o BE arrisca a saldar-se por um considerável desastre partidário.
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