Tanto quanto sei, a direcção da Fenprof é constituída por professores, embora à maioria deles da sala de aula e dos alunos nada mais deva restar do que uma vaga ideia. Mas pensava ser essa longínqua e vaga ideia o suficiente para não esquecerem a pedagogia e, assim, não tentarem resolver os problemas da indisciplina e da violência nas escola tratando os alunos, crianças e adolescentes, como criminosos. Ficamos, pois, assim a saber quais as concepções didáticas dominantes na Fenprof, estrutura sindical onde um partido e um militante que se dizem de esquerda têm influência determinante. Brilhante!
O problema da indisciplina e violência nas escolas, algo cujo tratamento deixo aos especialistas acentuando que não sou partidário da escola laxista assim como também não o sou do modelo escola/campo de concentração dominante em algumas delas no tempo da ditadura, é uma questão demasiado complexa para ser enfrentada com medidas avulsas e apenas de um ponto de vista coercivo. Direi ainda mais: ele não é isolável do modo como a gestão da escola pública está organizada. Insisto, uma vez mais: com o actual sistema de eleição das direcções das escolas, algo que apenas fomenta o corporativismo mais conservador, e sem que essas mesmas direcções sejam nomeadas por estruturas de proximidade e perante elas respondam e se responsabilizem pelo modo como exercem as suas funções, nada de essencial irá mudar. Mais: sem que as escolas tenham autonomia suficiente para poderem ter uma palavra a dizer na escolha dos docentes mais adequados e preparados para o meio e condições onde irão exercer as suas funções, podendo cada escola, dentro de limites pré-estabelecidos a nível nacional pelo ministério, oferecer condições salariais diferenciadas e adequadas à dificuldade e complexidade das tarefas de cada um, será muito difícil alterar algo que, de per si, já constitui um problema cuja solução está longe de ter êxito garantido. Por último, algo que a Fenprof e os professores devem ter em mente: ao contrário do que as estruturas sindicais têm sistematicamente afirmado na sua contestação, a tarefa de um professor não é apenas ensinar, “dar aulas”. Está mesmo muito longe disso. É contribuir para que a escola seja uma instituição que fomente a integração social dos seus membros, o que inclui um ensino bem sucedido, o desenvolvimento das potencialidades de cada aluno enquanto cidadão, mas também a sua preparação integral para enfrentarem a vida futura.
O problema da indisciplina e violência nas escolas, algo cujo tratamento deixo aos especialistas acentuando que não sou partidário da escola laxista assim como também não o sou do modelo escola/campo de concentração dominante em algumas delas no tempo da ditadura, é uma questão demasiado complexa para ser enfrentada com medidas avulsas e apenas de um ponto de vista coercivo. Direi ainda mais: ele não é isolável do modo como a gestão da escola pública está organizada. Insisto, uma vez mais: com o actual sistema de eleição das direcções das escolas, algo que apenas fomenta o corporativismo mais conservador, e sem que essas mesmas direcções sejam nomeadas por estruturas de proximidade e perante elas respondam e se responsabilizem pelo modo como exercem as suas funções, nada de essencial irá mudar. Mais: sem que as escolas tenham autonomia suficiente para poderem ter uma palavra a dizer na escolha dos docentes mais adequados e preparados para o meio e condições onde irão exercer as suas funções, podendo cada escola, dentro de limites pré-estabelecidos a nível nacional pelo ministério, oferecer condições salariais diferenciadas e adequadas à dificuldade e complexidade das tarefas de cada um, será muito difícil alterar algo que, de per si, já constitui um problema cuja solução está longe de ter êxito garantido. Por último, algo que a Fenprof e os professores devem ter em mente: ao contrário do que as estruturas sindicais têm sistematicamente afirmado na sua contestação, a tarefa de um professor não é apenas ensinar, “dar aulas”. Está mesmo muito longe disso. É contribuir para que a escola seja uma instituição que fomente a integração social dos seus membros, o que inclui um ensino bem sucedido, o desenvolvimento das potencialidades de cada aluno enquanto cidadão, mas também a sua preparação integral para enfrentarem a vida futura.
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