Sentindo-se cada vez mais longe de, sequer, poder importunar a reeleição de Cavaco Silva, Manuel Alegre parece ter desistido completamente de aceder à Presidência da República, passando a dedicar-se àquilo que tem sido o seu passatempo favorito nos últimos anos: criar embaraços ao partido de que é militante e tornar-se uma peça indispensável na estratégia do Bloco de Esquerda de dividir o PS e crescer à custa dele. Desde sempre visto sem qualquer simpatia nos sectores mais ligados a Mário Soares, Alegre, ao colocar-se frontalmente contra o PEC (não se trata apenas de criticar aspectos do PEC – o que seria legítimo -, mas o modo como o faz, o ponto de vista de onde parte e as alternativas - ? - que propõe), dedica-se agora, alto e bom som, a afrontar um projecto-chave do governo e da direcção socialista.
Só não compreendo como, independentemente das críticas que, internamente, muitos militantes possam fazer à gestão de José Sócrates no partido e no governo, e algumas delas com razão, ainda exista quem no PS defenda possa Alegre vir a ser o candidato a apoiar nas presidenciais sem que o país solte uma enorme e sonora gargalhada de escárnio e desprezo. Que raio, o partido, os seus militantes e a sua história não merecem, sequer, uma réstia de respeito?
Só não compreendo como, independentemente das críticas que, internamente, muitos militantes possam fazer à gestão de José Sócrates no partido e no governo, e algumas delas com razão, ainda exista quem no PS defenda possa Alegre vir a ser o candidato a apoiar nas presidenciais sem que o país solte uma enorme e sonora gargalhada de escárnio e desprezo. Que raio, o partido, os seus militantes e a sua história não merecem, sequer, uma réstia de respeito?
Sem comentários:
Enviar um comentário