Quando leio ou oiço uma entrevista com um político, principalmente se me é relativamente desconhecido e/ou chegou há pouco tempo a lugar de relevo, mais ainda se à governação, procuro preferencialmente conhecer que ideias tem para o país, para a governação ou área que dirige, o que pensa da Europa e do Mundo. Claro que será sempre interessante conhecer um pouco da sua vida, do seu CV, dos seus gostos e opiniões que ajudem a formar uma ideia sobre a sua personalidade: as ideias e as políticas não existem no vazio, sem um “mensageiro” e com a “fulanização” da vida política essa informação, digamos, complementar torna-se cada vez mais relevante. Mas o essencial, o “santo dos santos” nunca deixará de ser a política e as ideias que cada um tem e pretende levar por diante, implementando-as. É isso a política.
Vem isto a propósito das recentes entrevista com Isabel Alçada (televisiva – que já aqui analisei) e Ana Jorge (“Pública” de ontem), curiosamente ministras que terão, pelo menos, um ponto em comum: ambas sucedem a ministros de fortes convicções; concorde-se ou não, com ideias políticas claras para os seus sectores - e como tal contestados. Coincidentemente, em ambas as entrevistas também algo em comum: uma subalternização do política, das ideias, por troca, no caso de Isabel Alçada, pelo “charme”, as relações públicas e no caso de Ana Jorge pelo seu percurso de vida, por uma intimidade revelada. Em ambos os casos, não deixam de ser más notícias. Talvez um sinal profético, em conjunto com uma certa ausência de marca governativa desde a posse no actual executivo, de que o governo, face á maioria apenas relativa, terá decidido capitular sem dar combate.
Vem isto a propósito das recentes entrevista com Isabel Alçada (televisiva – que já aqui analisei) e Ana Jorge (“Pública” de ontem), curiosamente ministras que terão, pelo menos, um ponto em comum: ambas sucedem a ministros de fortes convicções; concorde-se ou não, com ideias políticas claras para os seus sectores - e como tal contestados. Coincidentemente, em ambas as entrevistas também algo em comum: uma subalternização do política, das ideias, por troca, no caso de Isabel Alçada, pelo “charme”, as relações públicas e no caso de Ana Jorge pelo seu percurso de vida, por uma intimidade revelada. Em ambos os casos, não deixam de ser más notícias. Talvez um sinal profético, em conjunto com uma certa ausência de marca governativa desde a posse no actual executivo, de que o governo, face á maioria apenas relativa, terá decidido capitular sem dar combate.
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