Desde que me lembro de existir que as grandes equipas do meu clube - as que ganharam títulos, prestígio e adeptos - privilegiaram modelos de jogo que exigiam “pontas de lança” com forte presença na área. Foi assim com o grande José Águas, com José Torres (o Canadá Dry de boa memória), com Michael Maniche, com Zoran Filipovic, com Mats Magnusson, até com o mais modesto Reinaldo. Lembro-me perfeitamente que Sven Goran Eriksson, mal chegou ao clube, tentou logo encontrar uma solução desse tipo à revelia de Fernando Martins, que tentava impor um tal Cláudio Adão.
Não se trata de um capricho: desde os anos 60 do século passado que as equipas visitantes privilegiam, quando de visita ao Estádio da Luz, modelos de jogo que passam invariavelmente por um bloco muito baixo, meio-campo "de combate" colado à defesa e avançado(s) [quando o(s) há!...] móvel, isolado, a tentar fazer pela “vidinha” e ver o que consegue arrancar. Com sorte, dantes perdiam por dois ou três. Hoje em dia, com a evolução dessas equipas, arriscam-se a empatar ou ganhar.
Que quer isto dizer? Apenas que depender só de Cardozo (o único jogador no plantel do SLB com essas características quando existem, para aí, cinco ou seis soluções para defesa-esquerdo nenhuma delas com qualidade acima da mediania) é um risco demasiado extremo. Quando ele não está, como aconteceu nos dois últimos jogos, a equipa “safa-se” à tangente (Naval), ou não se safa (V. de Guimarães). Vem aí o mercado de Janeiro e talvez não fosse má ideia pensar um pouco sobre o assunto.
Não se trata de um capricho: desde os anos 60 do século passado que as equipas visitantes privilegiam, quando de visita ao Estádio da Luz, modelos de jogo que passam invariavelmente por um bloco muito baixo, meio-campo "de combate" colado à defesa e avançado(s) [quando o(s) há!...] móvel, isolado, a tentar fazer pela “vidinha” e ver o que consegue arrancar. Com sorte, dantes perdiam por dois ou três. Hoje em dia, com a evolução dessas equipas, arriscam-se a empatar ou ganhar.
Que quer isto dizer? Apenas que depender só de Cardozo (o único jogador no plantel do SLB com essas características quando existem, para aí, cinco ou seis soluções para defesa-esquerdo nenhuma delas com qualidade acima da mediania) é um risco demasiado extremo. Quando ele não está, como aconteceu nos dois últimos jogos, a equipa “safa-se” à tangente (Naval), ou não se safa (V. de Guimarães). Vem aí o mercado de Janeiro e talvez não fosse má ideia pensar um pouco sobre o assunto.
4 comentários:
Concordo inteiramente com a sua análise.
Quando falha o Cardozo e se aplica o mesmo modelo, está o caldo entornado.
Mas o homem das tácticas, Jesus, não entende isto ?
É mtº difícil treinar e jogar sistematicamente um modelo e princípios de jogo e mudá-lo quando falta um jogador. É mtº complicado.
Caro JC
Donde, se deduz, deve (ou deveria) existir um "backup" para o Cardozo. E não há, neste momento
Exacto! Keirrison, Nuno Gomes ou Weldon não o são.
Enviar um comentário