Separam-me de José Manuel Fernandes - que hoje abandona a direcção do “Público” - algumas concepções políticas e ideológicas sobre a organização das sociedades, embora compartilhemos (tenho razões para o esperar) o primado da democracia e liberdade. Mais ainda: acuso-o de ter tornado aquele que foi desde o seu primeiro dia o meu jornal de referência num manifesto ideológico e num instrumento de luta política. Pior ainda, desrespeitando algumas regras básicas da deontologia jornalística (se é que ela existe...) ou, pelo menos, daquilo que eu assumia como tal.
Tendo dito isto, e assumindo-me como alguém que bastante preza a liberdade e, portanto, o debate livre de ideias e a luta ideológica, devo dizer que lhe reconheço pelo menos um mérito: ter trazido para as páginas de um jornal português de grande difusão, e assim ter ajudado a colocar na primeira linha do debate e combate políticos, as concepções da nova direita ultra-liberal, algo até aí demasiado restrito a "blogues" e círculos académicos. Num balanço onde o passivo é longo e conhecido, este é, indiscutivelmente, um activo que JMF bem pode prezar.
Tendo dito isto, e assumindo-me como alguém que bastante preza a liberdade e, portanto, o debate livre de ideias e a luta ideológica, devo dizer que lhe reconheço pelo menos um mérito: ter trazido para as páginas de um jornal português de grande difusão, e assim ter ajudado a colocar na primeira linha do debate e combate políticos, as concepções da nova direita ultra-liberal, algo até aí demasiado restrito a "blogues" e círculos académicos. Num balanço onde o passivo é longo e conhecido, este é, indiscutivelmente, um activo que JMF bem pode prezar.
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