É hoje em dia possível viajar de avião entre Lisboa e Madrid por menos de €50, ida e volta. Na minha última viagem, há menos de três semanas, paguei €40 e há quem já tenha pago menos do que isso. Por outro lado, a possibilidade de efectuar o “check in” via "internet" acaba por contribuir para encurtar o tempo de viagem: é possível chegar à porta de embarque apenas cerca de ½ hora antes da partida (ou até menos). Isto significa que é também possível, no total, fazer a viagem por avião em menos de hora e meia (o tempo de voo são 50’), não entrando em linha de conta com os cerca de 20’ de metropolitano entre Barajas e o centro de Madrid, já que esse mesmo tempo pode ser gasto entre a futura estação do TGV e o local final de destino em Madrid. Há quatro anos, era impossível fazer o mesmo percurso por menos de €150 (era quanto eu pagava comprando o bilhete nos defuntos leilões "on-line" da TAP) e nos voos “clássicos” exigia-se uma comparência um pouco menos tardia.
Pergunta: todos estes dados têm sido considerados para a actualizar os estudos sobre o TGV Lisboa-Madrid? Pode, nestas condições, o combóio de alta velocidade continuar a ser competitivo com o avião?
Sou um defensor da ligação Lisboa-Madrid por combóio de alta velocidade, pois parece-me penalizador para Portugal, em termos competitivos, ser a única região da Península a ficar fora da respectiva rede ibérica. Mas, em primeiro lugar, tudo tem um limite, mesmo as decisões onde a racionalidade económica pode ceder, por vezes, o passo a questões de ordem política; e, em segundo lugar, refazer as contas perante este novo cenário irá certamente alterar os parâmetros do negócio, com todas as suas consequências, inclusivamente para o bolso dos contribuintes. A ter em consideração...
Pergunta: todos estes dados têm sido considerados para a actualizar os estudos sobre o TGV Lisboa-Madrid? Pode, nestas condições, o combóio de alta velocidade continuar a ser competitivo com o avião?
Sou um defensor da ligação Lisboa-Madrid por combóio de alta velocidade, pois parece-me penalizador para Portugal, em termos competitivos, ser a única região da Península a ficar fora da respectiva rede ibérica. Mas, em primeiro lugar, tudo tem um limite, mesmo as decisões onde a racionalidade económica pode ceder, por vezes, o passo a questões de ordem política; e, em segundo lugar, refazer as contas perante este novo cenário irá certamente alterar os parâmetros do negócio, com todas as suas consequências, inclusivamente para o bolso dos contribuintes. A ter em consideração...
2 comentários:
Não é só o factor económico que há que ter em conta. E as pessoas que têm a paranóia dos aviões, recusando-se a usar o transporte mais seguro que dizem existir? Para esses a alternativa do TGV seria certamente bem vinda, nem que fosse mais cara.
Está bem, Rato: mas quantos são?
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