Estive, se bem me lembro, umas quatro vezes na Hungria, antes e depois da queda do “muro”, uma das quais quando fui a Viena ver a última final em que o “glorioso” participou (e perdeu...).
Na maioria dos países “ditos” socialistas (a muito específica Jugoslávia era excepção) as taxas de câmbio eram oficialmente fixadas muito acima do seu valor real, pelo que a solução óbvia era trocar dinheiro, a um câmbio muito mais favorável, no mercado negro (havia um ou outro país, não me lembro bem qual ou quais, onde era obrigatório trocar uma determinada quantia por dia, mas sempre inferior ao que um português da classe média gastaria, principalmente se fosse de carro e tivesse, portanto, de meter gasolina). Como na Hungria se comia bem e havia vinho Tokay e discos e CDs na Hungaroton, de música erudita, para comprar, recorria frequentemente ao expediente. A “coisa” passava-se assim: alguém nos abordava na rua, combinava-se o câmbio, entrava-se no primeiro vão de escada e o negócio estava feito. Claro que todos sabíamos os cuidados a ter e tomávamos as devidas precauções. Tudo foi correndo bem, até que numa das últimas vezes, talvez porque facilitasse já me achando o maior em tais práticas ilícitas, acabei mesmo por ser vigarizado. Nada de importante, diga-se, pois no cômputo geral, das várias ocasiões, acabei por sair com um saldo bem favorável.
Na maioria dos países “ditos” socialistas (a muito específica Jugoslávia era excepção) as taxas de câmbio eram oficialmente fixadas muito acima do seu valor real, pelo que a solução óbvia era trocar dinheiro, a um câmbio muito mais favorável, no mercado negro (havia um ou outro país, não me lembro bem qual ou quais, onde era obrigatório trocar uma determinada quantia por dia, mas sempre inferior ao que um português da classe média gastaria, principalmente se fosse de carro e tivesse, portanto, de meter gasolina). Como na Hungria se comia bem e havia vinho Tokay e discos e CDs na Hungaroton, de música erudita, para comprar, recorria frequentemente ao expediente. A “coisa” passava-se assim: alguém nos abordava na rua, combinava-se o câmbio, entrava-se no primeiro vão de escada e o negócio estava feito. Claro que todos sabíamos os cuidados a ter e tomávamos as devidas precauções. Tudo foi correndo bem, até que numa das últimas vezes, talvez porque facilitasse já me achando o maior em tais práticas ilícitas, acabei mesmo por ser vigarizado. Nada de importante, diga-se, pois no cômputo geral, das várias ocasiões, acabei por sair com um saldo bem favorável.
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