Checoslováquia, na mesma viagem.
Não gosto de comer nos hotéis onde fico alojado, a não ser quando o cansaço a isso obriga; faz parte das viagens descobrir a gastronomia, a cultura e ambiente locais. Antes de, para aí ao terceiro dia, descobrir o restaurante do centro de cultura soviético, onde se comia razoavelmente, bebia um vinho búlgaro aceitável e um excelente caviar a preços de um refeição média de Lisboa, tinha de procurar restaurante, locais difíceis de lobrigar (excepto nos hotéis) em alguns países “do lado de lá”, utilizando uma expressão cara ao meu pai. Como gosto de descobrir as cidades a pé, lá me punha ao caminho e, depois de me informar, descobria finalmente um restaurante. Sempre vazio ou quase. Quando pedia uma mesa para duas pessoas, resposta imediata: “tem marcação”? Como a ”Coca Cola” do Pessoa, ao princípio estranhava e respondia: “mas o restaurante tem imensas mesas vagas; porque é preciso marcar”? Mas rapidamente percebi: a comida era apenas comprada em função das reservas feitas previamente. Não havia reserva, não havia comida!
Foi a partir daí que descobri a minha salvação no regime soviético e no abençoado restaurante do seu centro cultural onde não só não se exigia marcação (privilégios?) como, acrescente-se, durante todo o tempo era um “corrupio” de empregados a atender o telefone do local. Nunca soube das razões, mas presumo não tivessem telefone em casa.
Não gosto de comer nos hotéis onde fico alojado, a não ser quando o cansaço a isso obriga; faz parte das viagens descobrir a gastronomia, a cultura e ambiente locais. Antes de, para aí ao terceiro dia, descobrir o restaurante do centro de cultura soviético, onde se comia razoavelmente, bebia um vinho búlgaro aceitável e um excelente caviar a preços de um refeição média de Lisboa, tinha de procurar restaurante, locais difíceis de lobrigar (excepto nos hotéis) em alguns países “do lado de lá”, utilizando uma expressão cara ao meu pai. Como gosto de descobrir as cidades a pé, lá me punha ao caminho e, depois de me informar, descobria finalmente um restaurante. Sempre vazio ou quase. Quando pedia uma mesa para duas pessoas, resposta imediata: “tem marcação”? Como a ”Coca Cola” do Pessoa, ao princípio estranhava e respondia: “mas o restaurante tem imensas mesas vagas; porque é preciso marcar”? Mas rapidamente percebi: a comida era apenas comprada em função das reservas feitas previamente. Não havia reserva, não havia comida!
Foi a partir daí que descobri a minha salvação no regime soviético e no abençoado restaurante do seu centro cultural onde não só não se exigia marcação (privilégios?) como, acrescente-se, durante todo o tempo era um “corrupio” de empregados a atender o telefone do local. Nunca soube das razões, mas presumo não tivessem telefone em casa.
2 comentários:
Esta história é hilariante, JC. Fartei-me de rir a imaginar a cena!
Outra bem engraçada foi a da compra de caviar no mercado negro. Mas fica para depois...
Enviar um comentário