Pelo que me foi dado ouvir e ler (não tive oportunidade de ver em directo), o debate do programa de governo nada, ou quase nada, mais foi do que uma marcação de territórios, um Haka tentando mostrar aos diversos adversários, antes do combate, “olhem bem a minha força”, “vejam que mau que eu sou”. Agora irá mesmo começar o jogo e, tal como no "rugby", de uma conquista de território se trata, de ver qual dos contendores sai derrotado, isto é, abdica de uma maior parcela do seu território/programa em favor do adversário.
Uma excepção: coube a Luís Amado (por quem não nutro especial simpatia, acrescente-se) o melhor discurso do debate, respondendo àquele que tem sido o “leit-motiv” da argumentação oposicionista (principalmente do PSD de Ferreira Leite/ Cavaco Silva) e colocando a discussão no seu terreno correcto: o problema central de Portugal não é o déficit externo ou o endividamento, não sendo a sua resolução, portanto, o problema principal com que o governo se depara. Os objectivos essenciais são políticos; são a modernização e o aumento de competitividade do país, pois só eles poderão fomentar o crescimento e resolver, de forma sustentada, os desequilíbrios existentes no nosso tecido empresarial e social. As questões atrás focadas (graves, sem dúvida), tal como o desemprego, constituem, isso, sim fortíssimos constrangimentos a ter em conta para que esse objectivo seja conseguido de forma mais célere, equilibrada e indolor. Com menores custos sociais, também.
Uma excepção: coube a Luís Amado (por quem não nutro especial simpatia, acrescente-se) o melhor discurso do debate, respondendo àquele que tem sido o “leit-motiv” da argumentação oposicionista (principalmente do PSD de Ferreira Leite/ Cavaco Silva) e colocando a discussão no seu terreno correcto: o problema central de Portugal não é o déficit externo ou o endividamento, não sendo a sua resolução, portanto, o problema principal com que o governo se depara. Os objectivos essenciais são políticos; são a modernização e o aumento de competitividade do país, pois só eles poderão fomentar o crescimento e resolver, de forma sustentada, os desequilíbrios existentes no nosso tecido empresarial e social. As questões atrás focadas (graves, sem dúvida), tal como o desemprego, constituem, isso, sim fortíssimos constrangimentos a ter em conta para que esse objectivo seja conseguido de forma mais célere, equilibrada e indolor. Com menores custos sociais, também.
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