Na coluna “Sobe e Desce” do “Público” de hoje, assinada por Sofia Branco e Ricardo Dias Felner, Mª de Lurdes Rodrigues aparece claramente na zona “a descer” por ter “conseguido pôr na rua, numa manifestação e num dia feriado, vinte ou vinte e cinco mil professores gritando palavras de ordem contrárias a sua política. Permito-me discordar. Se isso aconteceu, algo de positivo se passa e se forem cinquenta mil algo de mais positivo se passará ainda. É que qualquer reforma estrutural séria, e não apenas cosmética, do Estado e da Educação, sustentável e no sentido da modernização e da maior competitividade do país, não se fará sem enfrentar os respectivos sindicatos e, mais ainda, sem se governar contra eles.
Sim, eu sei que muitas medidas do Ministério surgem avulsas, parecendo não se enquadrar muito bem numa estratégia destinada a servir os objectivos que o país precisa alcançar. Algumas delas parecem até ser pouco consistentes, por vezes, aqui e ali, erradas, politicamente desajustadas e até pouco inteligentes ou acompanhadas de palavras a despropósito. Também reconheço que, por vezes, na aparência parece estar mais a situação actual dos professores, como objectivo, do que a efectiva modernização das instituições e respectivos resultados, e que, no caso da Educação, há que ir directo aquele que é o key issue da questão: a gestão interna do Ministério, a maior autonomia das escolas na contratação dos seus quadros e a responsabilização dos conselhos directivos em função dos resultados e perante quem os nomeou. Repito, nomeou e não elegeu. Mas também sei que em Portugal existe uma clara falta de pensamento e gestão estratégicos, e que se desiste à primeira contrariedade, se duvida ao primeiro sinal menos consistente, mesmo que pouco significativo, e que a maioria se acobarda perante a primeira demonstração de força da outra parte. É assim, infelizmente. Last but not least, há também os muitos que se preparam para mudar de campo enquanto é tempo, quando sentem os ventos podem vir a soprar contrários. E começam a aparecer... Sem que isso signifique que a “bondade” da política de Mª de Lurdes Rodrigues esteja acima de qualquer suspeita, longe disso (embora me pareça que em algumas áreas vai no caminho certo) não me admiro, por isso, que alguns dos que apoiaram a maioria das suas decisões esteja agora, depois desta manifestação, na primeira linha das críticas. Como disse alguém... “é a vida”!
Sim, eu sei que muitas medidas do Ministério surgem avulsas, parecendo não se enquadrar muito bem numa estratégia destinada a servir os objectivos que o país precisa alcançar. Algumas delas parecem até ser pouco consistentes, por vezes, aqui e ali, erradas, politicamente desajustadas e até pouco inteligentes ou acompanhadas de palavras a despropósito. Também reconheço que, por vezes, na aparência parece estar mais a situação actual dos professores, como objectivo, do que a efectiva modernização das instituições e respectivos resultados, e que, no caso da Educação, há que ir directo aquele que é o key issue da questão: a gestão interna do Ministério, a maior autonomia das escolas na contratação dos seus quadros e a responsabilização dos conselhos directivos em função dos resultados e perante quem os nomeou. Repito, nomeou e não elegeu. Mas também sei que em Portugal existe uma clara falta de pensamento e gestão estratégicos, e que se desiste à primeira contrariedade, se duvida ao primeiro sinal menos consistente, mesmo que pouco significativo, e que a maioria se acobarda perante a primeira demonstração de força da outra parte. É assim, infelizmente. Last but not least, há também os muitos que se preparam para mudar de campo enquanto é tempo, quando sentem os ventos podem vir a soprar contrários. E começam a aparecer... Sem que isso signifique que a “bondade” da política de Mª de Lurdes Rodrigues esteja acima de qualquer suspeita, longe disso (embora me pareça que em algumas áreas vai no caminho certo) não me admiro, por isso, que alguns dos que apoiaram a maioria das suas decisões esteja agora, depois desta manifestação, na primeira linha das críticas. Como disse alguém... “é a vida”!
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