quinta-feira, outubro 26, 2006

"Grandes Portugueses" - o meu voto

Ontem, depois de ter seguido a primeira parte de mais um episódio de “Dalziel and Pascoe”, na BBC Prime, e de jantar de seguida, procurei em dois ou três zappings rápidos dar com algo de visível na televisão. Debalde, já que a série “Edge of Darkness”, que agora repete na mesma BBC Prime, já por mim tinha sido vista em anterior passagem e, discordando da encomiástica crítica britânica, não é das minhas grandes preferências, pelo menos ao ponto de merecer revisão. Defeito meu, aceito.

Quando me preparava para desistir, desligando, eis se não quando dei com o tal programa dos “Grandes Portugueses, assim, com maiúsculas e tudo, e com a Srª Dona Maria Elisa, apresentando-o com uma maquilhagem que lhe dava o “ar” de quem mais parecia saída de um daqueles saudosos filmes de “Gothic Horror”, da Hammer Productions, dos anos 50. Desliguei mesmo, claro.

Mas como a noite é boa conselheira e dormir sobre os assuntos muitas vezes resolve melhor os problemas, achei que seria indigno do concurso (ou lá o que é, acho mais um ranking) passar sem a minha participação e que ela certamente lhe daria um muito maior brilho!!! Vai daí, cá me pus a pensar qual seria, e se existiria, um português digno do meu voto, que eu cá não o dou assim, do pé para a mão, ao primeiro que me aparecer á frente. Depois de muito pensar, pesando devidamente prós e contras (não, erro, este é o da Drª Fátima), pensei que o Senhor Dom Filipe (o II de Espanha, dizem, I de Portugal) poderia ser uma boa escolha, já que resolveu tomar conta disto antes que por cá desse tudo para o torto, mas mantendo a autonomia necessária para que não “chateássemos” muito. Pessoa avisada! Se a “coisa” tivesse resultado, andávamos hoje como a Catalunha, o País Basco e a Galiza a ver se nos víamos livres de Castela, o que era bem mais simpático aos olhos do mundo. Não era português? Que raio, pois se foi rei de Portugal e era neto do Senhor Dom Manuel...

Depois de ter passado pelo Senhor Miguel de Vasconcelos (desisti logo, pois escondeu-se num armário com papéis e eu cá não vou nessa de cobardias) descobri a solução: voto no Senhor Dom Manuel de Bragança. Porquê, perguntarão, que fez ele de especial? Que fez? Pois quando viu muita confusão, entregou as chaves de casa ao Sr. Afonso Costa e “bazou” (“deu de frosques”, preferem?) para Londres onde com certeza terá sido bem mais feliz, em Fulwell Park, a coleccionar livros e a receber monárquicos exilados. E, claro está, com a inestimável contribuição para essa felicidade da Senhora Dona Augusta Vitória e não só, pelo menos ao que consta que eu cá não sou de intrigas. Parece que teve um ponto fraco; teve saudades da pátria. Mas está desculpado, pois, certamente, foi só por nunca cá ter voltado! Voto nele, está decidido!

1 comentário:

Anónimo disse...

Pode seguir o mesmo caminho, Sr. Gato