Duas questões chave sobre a entrevista de Judite Sousa ao Ministro das Finanças.
- Judite Sousa fez-se porta-voz dos sectores dos media, maioritariamente ligados ao PSD, que se têm vindo a assumir como a oposição de facto ao actual Governo: “cavalgando” a contestação sindical, amplificando o descontentamento ou aparente desconforto de alguns sectores do PS, assumindo, mesmo que de um modo soft, simpatias para com a posição de Alberto João Jardim, privilegiando, de modo relativamente superficial, os temas de curto prazo, do tipo “interpelação ao Governo”.
- Teixeira dos Santos demonstrou aquilo que começa já a ser óbvio: que o “calcanhar de Aquiles” da sua política é a reforma da Administração Pública. Parece não existir uma calendarização nem uma definição muito rigorosa dos vários passos do processo, uma quantificação precisa do número de funcionários a “afastar”, nem uma ideia muito clara do que se quer fazer e como. Não é de admirar, pois é, indiscutivelmente, a questão politicamente mais sensível, onde, portanto, esta assumirá um papel decisivo.
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