E então isto entre brancos e pretos, tragédias e mais tragédias, é só “negócio” de homens, de “machos” ou as mulheres também por aqui andaram, têm algo a dizer? Bom, lá ter, têm, mas em abono da verdade digamos que não muito. É que eu não conhecia sequer Janis Martin (never heard, teria dito se alguém a mencionasse), até que, numa das muitas incursões pela “Tower Records” de Piccadilly Circus dei de caras com semelhante personagem, sob a forma de um CD da "Bear Family Records": “Janis Martin, The Female Elvis – Complete Recordings 1956-60. E como nisto de love at first sight o melhor é não aprofundar lá muito, comprei o CD sem ouvir, com certeza incluído num “pacote” de mais dez ou vinte que então não fazia a “coisa” por menos. Janis Martin é uma Virginiana, não virgem, pois que eu viesse a saber casou pelo menos duas vezes, e nasceu a 27 de Março de 1940, numa família de gente ligada às performing arts, o que sempre é uma boa ajuda. Quando gravou o seu primeiro single, em 1956, tinha pois apenas 15 anos e fê-lo logo para a RCA de Elvis Presley. Chamava-se ele “Will You Willyum”, composto por dois apresentadores da estação de rádio WRVA, e tinha como flip side “Drugstore Rock’n Roll”, composto pela própria Janis. Casamentos, amores e desamores, complicaram-lhe a carreira e, tal como a maioria dos seus companheiros de estrada desta primeira fase do rock, entre tragédias e escândalos, mais contra ataques ferozes do conservadorismo americano dos anos cinquenta, entra numa clara fase de fade out, abandonando estas vidas, pelo menos a tempo inteiro e dedicação exclusiva, em 1960. Mas não sem que, antes disso, não tivesse ainda tempo para ser considerada “The Most Promising Female Artist of 1956”. “Will You Willyum” vendeu 750.000 cópias. Nada mal, para a época.
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