Ora vamos lá acabar com as tragédias, que de alegria e bem estar também se faz o mundo. Gene Vincent (Virgínia, 1935-1971), embora de forma mais ligeira – digamos assim - não deixa de estar por elas marcado, já que acompanhava Eddie Cochran no fatídico dia 17 de Abril de 1960 quando o táxi em que ambos seguiam de despistou a caminho do aeroporto de Heathrow, Londres, matando Eddie e deixando Gene Vincent entregue à dor física e psíquica para o resto da sua, curta, vida. Mas a tragédia já vem de trás, do tempo da “tropa”, quando um ferimento na perna lhe causará dor e incómodo para os anos vindouros. Que não serão muitos, diga-se, apenas onze. Será esta a razão do seu comportamento provocatório, a roçar a violência, durante os seus espectáculos, e não só? Da sua obsessão pelo perfeccionismo? Foi também ele que divulgou o look “rough” que viria a definir os rockers para todo o sempre: o cabelo com brilhantina, os jeans justos e as calças e blusões de cabedal. Mas será também por isso que ficará a ser conhecido para esse mesmo todo o sempre. Por isso, e também por este “Be Bop A Lula”, que canta com o apoio dos seus “Blue Caps”. Será uma canção emblemática do rock & roll, com cover versions de gente importante, de "algo", como a do seu amigo Eddie Cochran, de Jerry Lee Lewis, dos Everly Brothers, de Cliff Richard e.... dos “Beatles”, pois claro, nos seus tempos do rock “puro e duro” das docas de Hamburgo. Parece que também uma figura chave do rock instrumental, infelizmente quase desconhecida em Portugal, (Link Wray) por lá andou, coisa que acabei neste momento de descobrir (a investigação tem destas surpresas). Mas vou informar-me e lá iremos, nos capítulos dedicados ao rock instrumental onde Link Wray (& The Wraymen) terão o muito merecido destaque. !Senhoras e senhores, meninas e meninos, palmas, pois, para Gene Vincent e para o “seu” “Be Bop A Lula”.
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