Já aqui há uns largos anos, descendo a Calçada do Ferragial (ou será rua?), descobri que a tão promovida calçada portuguesa era uma inimiga irredutível dos sapatos ingleses, daqueles cujo tacão é de couro ("sola") e têm apenas uma pequena incrustação de borracha (não, não são da John Lobb, infelizmente). Depois de várias escorregadelas e de um valente “malho”, passei, quando descia ruas inclinadas, a utilizar a faixa de rodagem, bem mais aderente. Ultimamente, já que ando agora mais “a pé”, descobri que também o era dos guarda chuvas, cuja ponteira fica invariavelmente presa entre as pedras da dita calçada, arriscando partir-se. Como se trata de um guarda chuva de estimação, da Swaine, Adeney, Brigg & Sons, com direito a royal warrant e tudo, se isso alguma vez acontecer (lagarto, lagarto) vá o professor Carmona preparando-se para receber lá a “continha”. Entretanto, esta é mais uma razão para desistir dos "passeios" e andar pela estrada. “Assim como assim”, os cãezinhos não andam pela estrada e, consequentemente, também não arrisco pisar algum dos seus “despojos”.
1 comentário:
Como sabe, dantes as estradas tinham muitos buracos , logo andava tudo pelos passeios.
Agora, os passeios são miseráveis e estão apinhados de carros, o que obrigada as pessoas a ir pela estrada.
Resultado (por isso e não só): A maior taxa de mortalidade de peões na Europa.
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