Estando o PS separado dos partidos considerados à sua esquerda por duas questões essenciais, fundamentais para o modo como se encara a actualidade e o futuro do país, a da aceitação da democracia liberal como elemento estruturante da sociedade e a do regime político (arquitectura constitucional, União Europeia, moeda única, alianças internacionais, etc), só encontro uma explicação para o facto de assistir a um corropio contínuo de ex-dirigentes (e alguns dirigentes) do partido virem propor alianças preferenciais à sua esquerda: exceptuando o caso de Manuel Alegre, que todos sabemos ao que vem e a quem a desastrosa presidência de Cavaco Silva parece querer abrir caminho, posicionarem-se o mais perto possível da "pole-position" numa eventual corrida a secretário-geral no caso de uma eventual derrota de José Sócrates no próximo dia 27 de Setembro. Uma vez ganha a corrida, seria relativamente fácil livrarem-se da asneira.
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