Comentadores e jornalistas desportivos exultam com o facto de todos os treinadores da 1ª Liga serem portugueses, atribuindo-o à evolução e melhoria de qualidade dos mesmos. Não o contestarei, já que nada prova esta tese ou o seu contrário, embora com a notável excepção de José Mourinho nenhum treinador português tenha tido sucesso relevante, nos últimos vinte anos, no futebol do 1º mundo. Mas, digamos que, no mínimo, esta constatação não parece ser sólido argumento demonstrativo da tese apresentada.
Entretanto, proponho que viremos as coisas um pouco up side down e tentemos também ver o seu contrário. E se a inexistência de treinadores estrangeiros, alguns deles, no passado, responsáveis por saltos qualitativos importantes no futebol português, se devesse, isso sim, à pouca capacidade deste para atrair treinadores de qualidade do 1º e, vá lá, 2º mundos futebolísticos, seja fruto da incapacidade de praticar condições salariais atractivas ou da condição periférica e pouca visibilidade do seu campeonato (ou de ambas)? E se isso tivesse como consequência o enquistamento do futebol que por aqui se pratica e resultasse numa sua ainda maior “periferização”?
Conselho aos jornalistas e comentadores da “bola”: talvez seja melhor começarem a pensar um pouco antes de opinarem... ou pelo menos a verem o outro lado das coisas. "Bute lá" experimentar?
Entretanto, proponho que viremos as coisas um pouco up side down e tentemos também ver o seu contrário. E se a inexistência de treinadores estrangeiros, alguns deles, no passado, responsáveis por saltos qualitativos importantes no futebol português, se devesse, isso sim, à pouca capacidade deste para atrair treinadores de qualidade do 1º e, vá lá, 2º mundos futebolísticos, seja fruto da incapacidade de praticar condições salariais atractivas ou da condição periférica e pouca visibilidade do seu campeonato (ou de ambas)? E se isso tivesse como consequência o enquistamento do futebol que por aqui se pratica e resultasse numa sua ainda maior “periferização”?
Conselho aos jornalistas e comentadores da “bola”: talvez seja melhor começarem a pensar um pouco antes de opinarem... ou pelo menos a verem o outro lado das coisas. "Bute lá" experimentar?
2 comentários:
E essa questão leva-me a outra.
Há uns dias, li que o sr. Evangelista se reunira com Carlos Queiroz e Gilberto Madaíl, sendo o tema de conversa, a possível convocação de Liedson para os trabalhos de selecção.
Tenho visto esgrimir os fundamentos mais imbecis na defesa da não convocação do jogador do meu clube. Tão imbecis, que vou abster de os comentar, até porque penso que o Sporting só terá a ganhar se o Liedson não for à Selecção.
Mas os do sr. Evangelista são de ir às lágrimas. E para quem se tem mostrado tão desejoso de ver cumpridas as leis na defesa dos jogadores(e bem), é curiosa agora a sua posição, uma vez que defende que se não cumpra a lei no caso em apreço. Para o sr. Evangelista, pelos vistos, há jogadores e...jogadores.
Aliás, seria de esperar que este senhor, como toda a gente, não se refugiasse em meias verdades, quando diz que, por exemplo, a invasão de jogadores brasileiros e de outros países, estão a prejudicar a evolução de muitos valores portugueses. Tem razão. Falta é dizer porquê_ é que se um clube da 1ª liga se mostra interessado num jogador da 2ª liga, o valor do jogador é logo inflaccionado. E se esse clube for o FCP, o SLB ou o SCP a transferência chega a valores estratosféricos e o jogador exige ordenados principescos.
Tal facto, leva os clubes a procurarem lá fora jogadores de valor semelhante que acabam por ficar 5 ou 10 vezes mais baratos.
(um caso exemplar: veja-se quanto custaram ao Benfica o César Peixoto e Weldon)
Depois, admira-se o sr. Evangelista que haja tantos jogadores desempregados...
Abraço
O problema é que com atitudes idiotas como essa o Joaquim Evangelista enfraquece a sua posição e autoridade naquilo onde tem sido importante: na luta contra os salários em atraso e incumprimento contrarual nos clubes. Acabará por ninguém lhe dar importância.
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