Este cartaz do MMS já contém em si algo de ofensa democrática, de sugestão de partido único, de ódio à política à boa maneira salazarista. Bons ou maus, os candidatos que o MMS pretende eliminar, enviando-os para a Cochinchina, crismada de Conchichina (já lá iremos), isto é, propondo o seu degredo ou ida para o exílio em terra inóspita e longínqua, à boa maneira do século XIX ou das velhas ditaduras europeias, são votados por milhões de portugueses e, mal ou bem, têm governado o país em democracia há 35 anos. Apesar de tudo, um dos mais longos períodos de progresso, prosperidade e paz que este país já atravessou (e é bom que, em tempos de crise, isso não seja esquecido).
Mas não se fica o tal MMS por aqui, pelo seu desejo de envio de políticos adversários, que têm merecido a confiança de milhões de portugueses, para o degredo dos trópicos. Como se o seu ódio à democracia não fosse suficientemente grave, junta-lhe o MMS o mais puro e claro racismo, tratando a Cochinchina, de facto uma das regiões da antiga Indochina francesa actualmente parte do Vietnam, como se de uma colónia de antanho se tratasse, enquanto tal destinada, sem opinião escutada dos seus habitantes, a receber todos aqueles que um partido com pretensões a único considera indesejáveis para a “potência colonizadora”. Porque não para Angola ou para Timor? Apenas porque pretende ter graça?
Claro que o tal MMS acaba por perceber o que fez e ter alguns problemas de consciência. Por isso, decide transformar a Cochinchina em “Conchichina” (explicando o facto no seu “site”, o que só piora as coisas como quem diz um palavrão e pede desculpa a seguir), pensando que todos os portugueses são estúpidos o suficiente para aceitarem a diferença(?) ou alarves para se permitirem a gargalhada. Pelo que vejo em algumas caixas de comentários, muitos o serão. Mas as próximas eleições irão por certo provar que muito menos do que aqueles que o tal MMS desejaria. E, estou certo, não irei ouvir nenhum dos cinco líderes mencionados sugerir o envio para o degredo dos dirigentes adversários. Só me poderei congratular com isso!
Mas não se fica o tal MMS por aqui, pelo seu desejo de envio de políticos adversários, que têm merecido a confiança de milhões de portugueses, para o degredo dos trópicos. Como se o seu ódio à democracia não fosse suficientemente grave, junta-lhe o MMS o mais puro e claro racismo, tratando a Cochinchina, de facto uma das regiões da antiga Indochina francesa actualmente parte do Vietnam, como se de uma colónia de antanho se tratasse, enquanto tal destinada, sem opinião escutada dos seus habitantes, a receber todos aqueles que um partido com pretensões a único considera indesejáveis para a “potência colonizadora”. Porque não para Angola ou para Timor? Apenas porque pretende ter graça?
Claro que o tal MMS acaba por perceber o que fez e ter alguns problemas de consciência. Por isso, decide transformar a Cochinchina em “Conchichina” (explicando o facto no seu “site”, o que só piora as coisas como quem diz um palavrão e pede desculpa a seguir), pensando que todos os portugueses são estúpidos o suficiente para aceitarem a diferença(?) ou alarves para se permitirem a gargalhada. Pelo que vejo em algumas caixas de comentários, muitos o serão. Mas as próximas eleições irão por certo provar que muito menos do que aqueles que o tal MMS desejaria. E, estou certo, não irei ouvir nenhum dos cinco líderes mencionados sugerir o envio para o degredo dos dirigentes adversários. Só me poderei congratular com isso!
9 comentários:
Meu caro JC: não há mais paciência para tanto disparate. Estes, mais os do simplex, do jamais, do público a pegar no site do psd e a fazer notícias. Está tudo doido!
Irei sair de Lisboa por quatro dias, perco o "Glorioso" ao vivo. mas vai-me fazer bem.
Ainda antes de me ir embora: a lei que determina que um jogador que tira a camisola para comemorar um golo é completamente idiota. É de uma infantilidade a toda a prova que um profissional de futebol - não importa a que clube pertençe - sabendo que tem um amarelo, tirar a camisola para comemorar o golo.
A lei é pateta, mas alguém devia dizer a estes rapazes que uma camisola NUNCA se tira!
1. Pois na 5ª feira farei algum barulho por ti lá na "Catedral".
2. Quanto ao Vuk e à cena da camisola, até falei para o meu filho, em Barcelona e que não viu o jogo, a dizer que há disparates que parece só acontecem aos "lagartos"...
3. Nunca fui ao "Simplex" ou ao "Jamais"! Quanto ao "Público" já tenho alternado com o "i".
Boas férias!
Não é ofensivo, não é anti-democrático e tem carradas de graça. Racismo já é uma acusação forte, na ânsia de criticar desalmadamente talvez tenha ido algo longe de mais...
Ofensivo é sermos roubados e enganados pelos políticos corruptos e mentirosos que com a sua análise trata com indiferença. Indiferença não chega, há que mudar democraticamente, os mais de 3 milhões que não votam devem expressar na urna a sua opinião. Se votassem contra e não a favor como fazem abstendo-se, tudo mudaria, literalmente, de um dia para o outro.
É óbvio que o voto não é obrigatório, por isso há que despertar consciências, e isso só se consegue com mensagens impactantes. Uns ficam chocados e depois passa-lhes, outros percebem que virar a cara aos problemas não os resolverá nunca. Outros precisam que a crise lhe bata à porta para tomarem consciência. Portugal está com a maior taxa de desemprego dos últimos trinta anos, com a emigração a subir em flecha, a confiança nos políticos de rastos, a corrupção a minar tudo, e você diz que, se nos abstrair-mos da crise, até estamos bem? Viveremos no mesmo país?
Caro Anónimo
Subscrevo integralmente o seu comentário.
JSP
Meu caro JC
De vez em quando aparecem-nos aves destas. É por estas e por outras que é preciso não adormecermos nunca, e considerar como adquiridas as liberdades conquistadas.
Por causa deste post, dei-me ao trabalho de vesitar o site desse grupo, e assim por alto, encontram-se pérolas de uma graça inaudita.
Repare nesta a título de exemplo:
5 - A vitima terá uma palavra a dizer na pena a aplicar ao seu agressor
Eu acrescentaria: especialmente em caso de homicídio.
Abraço
Desculpe a gralha: visitar e não vesitar.
Para o leitor anónimo: não digo nem nunca disse que "se nos abstrairmos da crise até estamos bem". Digo apenas que convém lembrar em alturas de crise (que em grande parte é mundial), e apesar de todos os erros cometidos, que Portugal nos últimos 35 anos conheceu um período de paz, prosperidade e progresso talvez ímpar na sua História. Aconselho-o a ver "Portugal: Um Retrato Social", de António Barreto e Joana Pontes
Caro Vde Almeida: obrigado pelo excelente comentário e espero não se importe de o ter incluído num "post". Já agora, onde tinha o Vuk a cabeça? Quem quer ganhar à Fiorentina não pode cometer erros como esse e o do 1º golo!
Não me importo nada, meu caro JC.
E já agora, das coisas que mais me divertem nas caixas de comentários são os elogios de anónimos a outros(?) anónimos.
Quanto ao Vuk...pois +e, muito talento, mas de vez em quando parece que lhe para a boneca.
Ah! e outra coisa: espero que a exibição de ontem tenha feito soar algumas campainhas nas cabeças de alguns comentadores insuspeitos (eheheheh) como o sr. João Gobern, que se aprestou a fazer o funeral ao SCP mesmo antes de começar o campeonato.
Abraço
Ainda bem que fala do João Gobern. Sou benfiquista, como sabe, mas tudo na vida tem limites. João Gobern parece não se ter disso dado conta, e lá trata de ganhar a vidinha como pode e sabe. Hoje, no "Record", lá vem com um "arrazoado" dos hipotéticos prejuízos do SLB com a arbitragem de domingo. Ora, apesar de concordar com a acusação de o árbitro ter contemporizado c/ as perdas de tempo sistemáticas por parte dos jogadores do Marítimo e de tb concordar que estavam jogadores dentro da área quando Cardozo marcou o penalty (que deveria ter sido repetido, mas cuja presença não esteve na origem do falhanço), vi tb um erro clamoroso de Soares Dias que favoreceu o meu clube: Cardozo deveria ter visto cartão encarnado e não amarelo numa falta por detrás s/ um jogador do Marítimo. Estava a ver o jogo em casa, na Sport TV, e quando vi a falta o meu 1º pensamento foi: vais para a rua, estamos f...". Ora João Gobern, se fosse honesto, teria mencionado isso hoje no seu "escrito" no Record. Nada...
O pior são os mais papistas do que o Papa...
Abraço
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