O Vitória de Setúbal, hoje humilhado no Estádio da Luz e cheio de problemas de sobrevivência nos últimos anos, é um excelente exemplo de um clube de futebol que cresce, atinge o apogeu e decai com a evolução do próprio meio sócio – económico em que se insere, algo que raramente a imprensa desportiva correlaciona. O clube, que nasce numa cidade, tal como a Olhão e Matosinhos do Olhanense e Leixões, ligada à pesca e às indústrias tradicionais do mar, principalmente conservas de peixe e actividade portuária, cresce e atinge o seu apogeu com a industrialização típica dos anos 60 e início dos anos 70 do século XX (construção naval, montagem de automóveis, fabrico de electrodomésticos, etc. - e construção civil para alojar os novos habitantes) e começa a sua curva descendente quando, nos anos 80, este modelo entra em decadência e com ele o distrito de Setúbal, com a adesão à então CEE. No meio de tudo isto, a liberalização da contratação, com o fim da famigerada “lei da opção”, terá também dado o seu contributo. Um “case study”...
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