Ontem, chegado o intervalo do Benfica-Vorskla Poltava, feito aquele gesto normal de me levantar da cadeira e olhar em volta, reparei que alguém, não muito longe, fumava um cigarro (é permitido fumar nos estádios de futebol). Primeira surpresa: reparei que alguém fumava, coisa impensável há dez ou quinze anos. De imediato, colocado perante essa minha própria surpresa de reparar em actividade em tempos tão corriqueira, olhei em volta, tentando mesmo vislumbrar o longínquo cimo da bancada onde me encontrava e os sectores que me ladeavam. Mais ninguém fumava. Eu, que de tabaco só me atrevo a um recatado charuto de vez em quando e sempre que me sinto em paz com o mundo, os deuses e a “vidinha” - o que não é nada fácil acontecer -, exultei e lembrei-me da polémica quando da aprovação da actual lei do tabaco. Talvez fosse bom que alguns dos seus mais exaltados críticos relessem o dito e o escrito e se enchessem de vergonha. E, já agora, aprendessem algo.
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