Uma vez mais e para que não existam dúvidas. O objectivo do Sport Lisboa e Benfica não pode nem deve ser o de conseguir ser campeão, de forma não sustentada, a curto prazo; consegui-o com Trapattoni mas sem proveito de maior. Ou mesmo segundo classificado. O objectivo para um clube como o SLB só pode ser o de vir a dominar o futebol português, de forma duradoura, num horizonte temporal de 3 a 5 anos, sendo campeão, digamos, 3 em cada 5 ou 6 em cada dez anos e estando sempre presente em todas as edições da Champions League, salvo acidente de maior.
Para que esse objectivo seja conseguido ele nunca deve ser sacrificado ao curto prazo, e a estratégia e os planos de acção que o servem ser preteridos ou subalternizados por questões conjunturais, laterais e inconsequentes. Antes pelo contrário: definido o objectivo, ajustada a estratégia e os planos de acção adequados, estes devem ir sofrendo pequenas modificações e aperfeiçoados, entre Rui Costa e Quique Flores, à medida das necessidades: total flexibilidade táctica desde que em consonância com a estratégia e os objectivos; inflexibilidade estratégica, o que significa, entre outras coisas, “nenhuma concessão à “rua” ou a quem internamente a representa (à bom entendeur...). Ser governado pela “rua” ou por quem a tem representado, ao mais alto nível, nos orgãos dirigentes do SLB tem sido sempre parte do problema e do seu agravamento, nunca da solução.
Para ser ainda mais claro: mudar de treinador e de plantel à primeira decepção ou em resultado da opinião da inconsequente imprensa desportiva ou dos interesses que esta conjunturalmente representa tem sido a receita que conduziu o SLB ao descalabro, depois de um dos piores presidentes da história do SLB ter dado o pontapé de saída para a decadência ao decidir trocar uma equipa de futebol por mais uns degraus de cimento no estádio; prometer “os amanhãs que cantam”, já ali ao virar da esquina, é apenas mais uma miragem. O despedimento de um treinador, talvez demasiado humilde e com ausência de carisma, mas competente como Fernando Santos, depois de uma época aceitável e só porque no último minuto o Leixões conseguiu empatar, por troca com mais um “Messias”, foi uma cedência à “rua” benfiquista que apenas prova o que aqui digo.
Neste sentido, seria talvez a altura de Rui Costa garantir que a receita não é mais do mesmo. De explicar claramente a todos os benfiquistas, de forma solene e institucional, o que está em causa. De lhes dar a escolher, e de garantir publicamente a Quique Flores o seu apoio para além dos resultados conjunturais. Rui Costa tem de entender que a sua credibilidade enquanto dirigente passa por este projecto e, assim, agir em conformidade, provando que “é vermelho e competente”. E do seu benfiquismo nunca ninguém pôde ter dúvidas.
Para que esse objectivo seja conseguido ele nunca deve ser sacrificado ao curto prazo, e a estratégia e os planos de acção que o servem ser preteridos ou subalternizados por questões conjunturais, laterais e inconsequentes. Antes pelo contrário: definido o objectivo, ajustada a estratégia e os planos de acção adequados, estes devem ir sofrendo pequenas modificações e aperfeiçoados, entre Rui Costa e Quique Flores, à medida das necessidades: total flexibilidade táctica desde que em consonância com a estratégia e os objectivos; inflexibilidade estratégica, o que significa, entre outras coisas, “nenhuma concessão à “rua” ou a quem internamente a representa (à bom entendeur...). Ser governado pela “rua” ou por quem a tem representado, ao mais alto nível, nos orgãos dirigentes do SLB tem sido sempre parte do problema e do seu agravamento, nunca da solução.
Para ser ainda mais claro: mudar de treinador e de plantel à primeira decepção ou em resultado da opinião da inconsequente imprensa desportiva ou dos interesses que esta conjunturalmente representa tem sido a receita que conduziu o SLB ao descalabro, depois de um dos piores presidentes da história do SLB ter dado o pontapé de saída para a decadência ao decidir trocar uma equipa de futebol por mais uns degraus de cimento no estádio; prometer “os amanhãs que cantam”, já ali ao virar da esquina, é apenas mais uma miragem. O despedimento de um treinador, talvez demasiado humilde e com ausência de carisma, mas competente como Fernando Santos, depois de uma época aceitável e só porque no último minuto o Leixões conseguiu empatar, por troca com mais um “Messias”, foi uma cedência à “rua” benfiquista que apenas prova o que aqui digo.
Neste sentido, seria talvez a altura de Rui Costa garantir que a receita não é mais do mesmo. De explicar claramente a todos os benfiquistas, de forma solene e institucional, o que está em causa. De lhes dar a escolher, e de garantir publicamente a Quique Flores o seu apoio para além dos resultados conjunturais. Rui Costa tem de entender que a sua credibilidade enquanto dirigente passa por este projecto e, assim, agir em conformidade, provando que “é vermelho e competente”. E do seu benfiquismo nunca ninguém pôde ter dúvidas.
9 comentários:
Aguardo, curioso, réplica de Gin-Tonic.
LT
Bem, meu caro JC, não sei quem é o autor da tese, mas suponho que é sua.
É que, sendo ela condizente na parte que toca ao domínio do futebol português (lembro-o que a partir da próxima época Portugal só terá um clube com entrada directa na Liga dos Campeões, pelo que o seu clube, para ter sempre lugar assegurado, teria que ser sempre campeão) com o discurso dos dirigentes encarnados (curiosamente coincidente com a defendida e levada a cabo há vários anos pelos dirigentes do FCP), já no resto diverge. É que já não é a 1ª, nem 2ª vez que ouço o treinador QF a expressar a "boutade" de ser campeão.
Além disso, se não é para ganhar a curto prazo, então não consigo entender a presença, ao que se diz agastada, de LFv e Rui Costa, no balneário no dia de ontem.
Por último, verifica-se o facto insólito de o silêncio auto-imposto de LFV, se ter mais uma vez quebrado, curiosamente sob os auspícios do Director Desportivo.
Ora se não existem aqui umas contradiçõezitas...
:-)
Abraço
Ié-IÉ:
Acho ele está desmoralizado demais para "replicar"! Mas que raio, v. bem poderia ter dado uma ajudazinha moral no "post" s/ a PSP, onde me fartei de "levar". Acho estará de acordo comigo.
VdeAlmeida:
1. O autor da tese sou eu: é o que acho deve ser o objectivo correcto.
2. Não é verdade que tenha de ser sempre campeão: pode aceder através da pré-eliminatória.
3. Esta é a minha opinião e a estratégia que defendo e penso que deveria ser a da direcção. Se esta tem outra, diferente, só posso lamentar, pois em nada contribuirá para a resolução dos problemas do clube. Respondo apenas pelas minhas ideias e propostas e não sou porta-voz de ninguém.
Abraço e não se esqueça de ir a Munique dar uma ajuda aos seus "lagartos". Junta o útil ao agradável, pois tb existem por lá boas cervejas.
JC
Caro JC:
Já fui dizendo o suficiente para saber que, neste aspecto, concordo consigo: Não se muda de camisa só por mudar. Mais: a mudança de treinador não resolve os problemas do Benfica. Há ali qualquer coisa que não consigo definir e que até agora só me tem permitido ser pessimista (private joke).
Receio bem que os próximos dias no mostrem que o treinador não tem mais condições para continuar. Ficaria tremendamente surpreendido se assim não acontecer!...
Em tempo: registo as preocupações de Mr. Ié-Ié com o SLB.
Ou será, apenas para nos dar cabo da cabeça?
Não vai ser fácil!
Para acompanhar...
Eu sei definir, Gin-Tonic: má gestão. Análise incorrecta da realidade do clube e da concorrência, objectivos mal definidos, impossíveis de atingir nos prazos estabelecidos, sacrifício da estratégia à táctica, estratégias incompatíveis c/ esses objectivos, má selecção dos recursos humanos, comunicação incorrecta c/ os adeptos, etc, etc.
Chega?
Meu caro JC
Só uma nota: o facto de se ter acesso à pré-eliminatória só por si não garante presença na LC. E já não é a 1ª vez que os clubes portugueses (SLB inclusive) se vêm excluídos nessa fase.
Para além disso, com a nova reestrutração das competições europeias que se perfila no horizonte, a malha para a LC será ainda mais fechada, pelo que há até a possibilidade de só mesmo o clube campeão ter acesso, ou mesmo de esse ter quu disputar a pré-eliminatória
Um abraço
1. Claro que teria de ultrapassar a pré-eliminatória.
2. O que está em restruturação é a Taça UEFA. Mas, claro, referia-me à Champions no seu formato actual, partindo do princípio que se mantém.
Ainda hoje de manhã um comentador da RTP (Paulo Sérgio da A1) referiu (se a memória não me atraiçoa) que o SLB era como o feijão-frade, ou seja tinha duas caras, e que ainda não se sabia qual era a cara verdadeira
Agora será que o problema é de alguns jogadores ou será que (também) é do Quique ?
Eu pessoalmente ainda não sei, mas também não conheço bem o seu percurso em Espanha
E não seria importante que ele tivesse como nº 2 alguém que conhecesse bem o futebol português ?
Caro anónimo:
Veja, por favor, o meu último "post".
Cumprimentos
Enviar um comentário