Se algo o actual caso Freeport e as anteriores notícias sobre o passado do primeiro-ministro vieram confirmar é que, daqui para o futuro, qualquer candidato a uma carreira política realmente relevante terá de ter um passado blindado, à prova de “scanning”. Não me refiro, claro está, apenas a antecedentes ou práticas suspeitas de ilícito criminal ou de aproveitamento de funções para benefícios ilegítimos para si ou terceiros; mas tão só a práticas normais e comuns ao vulgar cidadão, tais como assinar e responsabilizar-se por pequenos e irrelevantes projectos de engenharia elaborados por terceiros, pequenos favores ou as tão corriqueiras “cunhas”, pequenas habilidades contabilisticas legais que permitam poupar uns euros nos impostos, atrasos no pagamento de eventual pensão de alimentos e tutti quanti.
Note-se que, ao fazer esta afirmação, não estou de modo algum a fazer nenhum juízo valorativo ou sequer a manifestar o meu acordo ou desacordo com tais práticas e respectivas consequências. Mas apenas a constatar um facto: o surgimento em força de uma nova era na política portuguesa em que as questões de carácter passam a ocupar um lugar relevante no combate político Por enquanto, as questões morais parecem permanecer felizmente fora deste modelo, não podendo, neste particular aspecto, evitar pronunciar-me soltando um muito sonoro e aliviado “ainda bem”!
Note-se que, ao fazer esta afirmação, não estou de modo algum a fazer nenhum juízo valorativo ou sequer a manifestar o meu acordo ou desacordo com tais práticas e respectivas consequências. Mas apenas a constatar um facto: o surgimento em força de uma nova era na política portuguesa em que as questões de carácter passam a ocupar um lugar relevante no combate político Por enquanto, as questões morais parecem permanecer felizmente fora deste modelo, não podendo, neste particular aspecto, evitar pronunciar-me soltando um muito sonoro e aliviado “ainda bem”!
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