quinta-feira, janeiro 22, 2009

Turismo...

Apenas uma vez na vida fui turista “empacotado”, e fi-lo por amor do e ao meu clube, numa viagem a Viena para a Final da Taça dos Campeões Europeus de 1990. Perdemos; paciência.

Fora isso, agências de viagens são algo que usava na era pré-internet para marcar as viagens de avião (nas companhias e voos que eu queria) e os hóteis que previamente já tinha decidido me acolheriam. Quando muito, neste caso – o dos hóteis -, permitia-lhes algumas sugestões, suficientemente justificadas, pois claro, não fosse isso dar lugar a decepção sem apelo e, tal como me aconteceu um dia em Nova York, “pega nas malas e zarpa já para outro”. Voos “charter”, isso, excepto na ocasião mencionada, era algo que pertencia à outra face da lua.

Talvez por isso, se não puxo da pistola de cada vez que oiço ou vejo os responsáveis pelo turismo no nosso país “usarem da palavra” (Associações, Regiões) , muito pouco faltará para o efeito, já que tudo me soa demasiado a pechisbeque, “banha de cobra” em frascos de caviar, conversa de vendedor de automóveis do século passado, que era sinónimo de quem tinha “parlapié”, mas honestidade, intelecto, reputação e vontade de trabalhar duvidosos. É tudo muito gravata lisa, sapatinho “afiambrado”, gel no cabelo e consultor de imagem, “vida feita a pulso” por escada sombria e esconsa.

E depois há os subsídios, a mão sempre demasiado estendida à caridade do Estado, as campanhas de promoção com resultados ignorados pelos cidadãos que para tal contribuem. Mas, pior ainda, resta a dúvida, essa malfadada e permanente dúvida: será que esta gente, gente como esta que nos sarrazina os ouvidos com conversa de “Vossa. Excelência já apreciou bem a qualidade deste nosso produto”, é capaz de fazer algo com rigor e qualidade? Peço desculpa, mas, para mim, são cidadãos ao contrário: terão que bem demonstrar a sua “inocência”. Se não...

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