sexta-feira, janeiro 16, 2009

História(s) da Música Popular (113)


Kai Winding - "Time Is On My Side" (Jerry Ragovoy)

Irma Thomas - "Time Is On My Side" (Jerry Ragovoy)

Jerry Ragovoy (I)

Jerry Ragovoy (1935, Philadelphia PA) não será o “mais custoso”, o “número da bola”, mas é seguramente um nome quase desconhecido destas andanças da música popular e do "rock and roll". E no entanto...

E no entanto bastariam dois temas para o fazer entrar para a História, embora a sua importância seja bem maior do que isso: “Time Is On My Side”, que escreveu sob o pseudónimo de Norman Meade e foi êxito pelos Rolling Stones, e “Piece Of My Heart”, um original de Emma Franklin (sim, a irmã da outra, da Aretha) e tornado mega sucesso na interpretação de Janis Joplin com The Big Brother and the Holding Company. E não ficaremos por aqui! É também co-autor de “Pata Pata”, a “pedrada no charco” da sul-africana Miriam Makeba.

Mas, para além disso, foi também produtor, orquestrador, autor de arranjos musicais e uma das mais importantes personalidades da cena musical americana dos anos 60.

“Time Is On My Side” foi escrito inicialmente para o trombonista de jazz Kai Winding, em 1963, apenas com uma letra reduzida e só mais tarde gravado por Irma Thomas, primeiro, e pelos Rolling Stones, depois, já em 1964, com letra completada por um tal de Jimmy Norman. Com a confusão entre discografia UK e USA a baralhar sempre as contas dos Rolling Stones, penso que “Time Is On My Side” fará parte do álbum dos Stones 12x5 nos USA (de certeza, pois é uma das minhas versões em CD), com uma introdução de orgão e a assinatura Norman Meade, enquanto no CD “Hot Rocks” 1 aparece com a assinatura Ragovoy e uma introdução em guitarra (que é a da versão inglesa) e no “Got Live If You Want It” também com a assinatura Ragovoy e sem qualquer introdução! No UK acho que faz parte do seu segundo álbum, já que como não me apetece ficar com as mãos cheias de pó por ir vasculhar nos “vinis”, por aqui me fico!

Mas como este é um texto sobre Jerry Ragovoy e não sobre os Rolling Stones, deixo-me disso de introduções com orgão ou guitarra (devo dizer, prefiro esta última) e ficam aqui as duas versões menos conhecidas do tema, a de Kai Winding, com Dionne Warwick no coro, pois claro, e a de Irma Thomas.


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