O Clube de Futebol “Os Belenenses” tem toda a razão ao contestar o apuramento do Vitória de Guimarães para as meias-finais da Taça da Liga, já que estipulando o regulamento que o desempate se efectua por “goal average” este ser-lhe-á mais favorável (2:1= 2) do que ao Vitória (3:2= 1,5).
O problema está, uma vez mais, na falta de rigor da terminologia utilizada, já que “goal average”, ou quociente entre golos marcados e sofridos, é algo completamente distinto da diferença entre golos marcados e sofridos, embora a nossa imprensa desportiva, e não só, utilize os termos de forma indistinta, normalmente referindo-se à diferença de golos já que o “goal average” caiu em desuso há já bastante tempo por favorecer as equipas mais defensivas. Já por mais do que uma vez chamei aqui, neste blog, a atenção para os perigos que esta confusão poderia vir a gerar. Nem de propósito.
Portanto alegar, como o faz a LPFP, que "expressão goal-average reporta-se à diferença entre golos marcados e sofridos", o que "corresponde ao entendimento comum na linguagem corrente do futebol" é pactuar com a confusão, a falta de rigor e a irresponsabilidade. Trata-se, pois, de uma questão de facto (“goal average” é o quociente entre golos marcados e sofridos; ponto final!) e, em função disso, não pode o CFB deixar de lhe ver reconhecida razão.
2 comentários:
É, exactamente, como escreveu! Muito obrigado.
De nada. O que é justo deve ser dito!
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