Enquanto Pinto da Costa, apoiado na importância política, económica e social que o norte adquiriu após a revolução de Abril, investia tudo no futebol para, através dele, tornar o FCP a potência desportiva hegemónica em Portugal e o SLB se entregava nas mãos do presidente responsável pelo seu declínio desportivo (baixar salários, estabelecer um pacto com o FCP e delapidar uma equipa de futebol que tinha chegado à final da Taça UEFA para fechar o "terceiro anel" foram decisões de gestão catastróficas), João Rocha, presidente do histórico rival do meu "Glorioso" num período tremendamente difícil, de grandes transformações para os clubes e para o país, sem dúvida que tornou o SCP no clube mais eclético de Portugal, com vitórias nacionais e internacionais significativas em várias modalidades. Mas, quanto a mim, com essa sua opção pelo ecletismo, sem dúvida que bem intencionada, terá percebido mal o "ar do tempo", o que não terá contribuído para atenuar um declínio futebolístico que vinha já dos anos 60 e evitar a hegemonia portista. Sendo um "self made man", foi talvez o último presidente do SCP que teve do e para o clube uma visão aristocrática.
3 comentários:
Estou de acordo! Poucas palavras que dizem tudo do moribundo leão.
João Rocha foi, a par de Borges Coutinho, um dos grandes presidentes da últimos 30 anos do século XX.
Sobre o ecletismo, sempre me pareceu a opção correcta: um clube só virado para o futebol, nunca seria o meu Sporting. Com João Rocha, fomos os 1ºs campeões europeus em hóquei em patins, tivemos Joaquim Agostinho, Carlos Lopes, Fernando Mamede, éramos campeões em andebol, basquetebol, atletismo, e noutras modalidades com menos visibilidade. Além disso, em futebol, ganhámos 3 campeonatos, 3 taças, 1 supertaça, e tivemos uma das melhores equipas de sempre do futebol português com Manuel Fernandes, Oliveira e Jordão. Nos escalões de formação ganhámos também vários campeonatos.
Porém, e como disso, para mim o Sporting nunca pode ser só futebol. E confesso que nunca me agradou a perspectiva hegemónica (esta noção faz-me sempre lembrar o Adolf). É claro ue gosto de ganhar, mas devo dizer que gostaria muito mais de ver um campeonato disputado em igualdade por 6 ou 7 equipas, e com vitórias repartidas.
Esta situação quase esquisofrénica que agora vivemos (e não falo do momento actual, mas sim de há uns anos para cá), no futebol nacional não me agrada nem um pouco, e até gostava que o meu clube se afastasse o mais possível destes senhores que agora se degladiam e mandam e comamdam isto tudo, para poderem dividir depois entre si o saque.
Quanto ao leão moribundo aí de cima...pode ser que ainda venha a ter força para morder os calcanhares a alguns figurões que gostam muito de se pôr em bicos de pés.
Abraço
Repare, Vítor. isso de grandes presidentes tem mtº que se lhe diga. Por exemplo, O SLB deve mtº da sua hegemonia nos anos 60 e 70, não a um presidente, mas a Otto Glória,que profissionalizou o futebol do clube. mtºs presidentes tiveram êxitos nos seus mandatos graças a decisões de gestão que se revelaram incorrectas para o futuro. Fala-se mtº de Borges Coutinho,uma pessoas d enorme envergadura, mas não me lembro de uma decisão do seu mandato que tenha sido decisiva para o clube. Enfim...
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