Não sei se António José Seguro o fez ou não. Mas antes de ter enveredado por atitudes mais radicais no modo como faz oposição, para logo de seguida efectuar uma espécie de semi-retirada escrevendo cartas ao FMI e instituições europeias, numa atitude que os portugueses terão alguma dificuldade em compreender, teria sido avisado fazer um estudo de mercado tentando perceber as verdadeiras razões pela quais uma maioria dos portugueses não consegue ver no PS uma verdadeira alternativa ao actual governo. Serão questões relacionadas com o perfil e personalidade do seu líder? Com o modo como tem feito oposição? Por acreditarem na situação actual a margem de autonomia de qualquer governo é quase inexistente? Por acharem "quem manda" é mesmo a chaceler Merkel e as instâncias internacionais? Por atribuírem grandes e fundamentais responsabilidades ao PS na génese da crise actual? Por ainda não terem vislumbrado no PS uma opção programática e estratégica consistente? Por qualquer outra razão? E qual? Claro que o tipo e peso das respostas a cada uma destas perguntas teria de dar origem, por parte do PS e de Seguro, a respostas, em termos de opções e comportamentos políticos, diferenciadas. Caso contrário, funcionando apenas a "sensibilidade" e a "intuição", pode estar o PS "a dar tiros no escuro" e a gastar inutilmente os seus recursos.
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