Governo e Administração chegaram à conclusão a RTP precisaria de diminuir a sua massa salarial em 28%. Tendo em atenção a crise do mercado publicitário, as limitações da RTP a este nível, a necessidade de cumprimento das obrigações do serviço público e a actual quebra das audiências da estação, bem como questões históricas relacionadas com o seu modelo de gestão e funcionamento, não tenho demasiadas dúvidas sobre essa necessidade - já terei mais dúvidas sobre a RTP que aí vem, principalmente ouvindo o ministro Relvas, mas isso são "outros quinhentos". Para se conseguir essa redução salarial, tutela e Administração da empresa colocam como opção prioritária a negociação de rescisões amigáveis com os seus trabalhadores; penso que tal seria suficiente para que a Comissão de Trabalhadores decidisse sentar-se à mesa tentando negociar soluções que não penalizassem demasiado os trabalhadores por si representados: o exemplo da AutoEuropa prova que esse é um caminho difícil mas compensador. Infelizmente, a Comissão de Trabalhadores da RTP parece ter optado por uma atitude radical, fundamentalista e pouco dialogante. Calculo de onde parte, e também não me custa imaginar o barulho será muito mas as consequências as piores.
Sem comentários:
Enviar um comentário