Belmiro de Azevedo, ao contrário de uma sua conterrânea que mudou o nome de Carmo para Carmen, foi para o Brasil e depois para Hollywood, tornou-se milionária e cidadã do mundo, símbolo de cosmopolitismo e não mais voltou à sua terra natal, nunca deixou de Marco de Canavezes e, apesar de rico e bem sucedido empresário que começou nos agora chamados "bens transacionáveis" para abraçar o que "estava a dar" no momento (grande distribuição e novas tecnologias), manteve a mentalidade mesquinha e tacanha que seria a da "terrinha" onde nasceu dos anos 30, o que bem se reflecte em alguns tiques de notoriedade e autoritarismo gratuitos que teima em não deixar de exibir. Digamos que continua Belmiro, ou seja, bem mais Ferreira Torres do que Siza Vieira, para falar de dois nomes, embora de de modos diferentes, ligados à terra onde nasceu. Alguns chamar-lhe-ão autenticidade e fidelidade ás origens. Eu prefiro designar tal coisa por aquilo que efectivamente é: provincianismo no mais puro e genuíno sentido do termo.
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