segunda-feira, março 11, 2013

Seguro e o IVA da restauração

António José Seguro acha mesmo que, nesta conjuntura, o recuo do IVA da restauração dos actuais 23 para os anteriores 13% iria traduzir-se, em termos médios, numa redução proporcional dos preços praticados? António José Seguro também acha que se essa redução se efectuasse e fosse genericamente reflectida nos preços, de modo proporcional, isso se iria traduzir num aumento significativo da procura dos serviços oferecidos pelos estabelecimentos de hotelaria e restauração, num período de enorme redução do rendimento disponível das famílias e de extrema incerteza quanto ao seu futuro? António José Seguro está mesmo certo que, num sector onde abunda a economia informal, tal proposta de redução se iria reflectir num aumento, ou pelo menos na manutenção, dos valores do IVA actualmente cobrados no sector? Ou seja, António José Seguro (ou alguém por ele) fez contas, avaliou comportamentos (também é disso que se trata se não quer fazer de aprendiz de feiticeiro, imitando Vítor Gaspar) e pode provar, ou pelo menos ter fortes indícios, de que uma eventual redução do IVA da restauração iria ter um impacto de tal modo positivo na economia do país que valeria a pena travar essa batalha? Eu, por mim, tenho algumas dúvidas de que o aumento de 13 para 23% tivesse sido, no momento escolhido, medida acertada, mas tenho ainda maiores dúvidas uma sua redução contribuísse para resolver o que quer que fosse. Excepto, talvez, fazer entrar nas urnas uns milhares de votos para o PS. 

1 comentário:

Anónimo disse...

Caro JC

Subscrevo integralmente.

Totó Zé continua a ser o maior seguro deste governo.
Mas Totó Zé não se enxerga ?
A restauração foi dizimada, com o aumento do IVA para 23% e pela crise (falta de dinheiro) de um modo geral.
Baixar o IVA agora não surtiria qualquer efeito... seria como pedir ao Sportem que ganhasse o campeonato.

Cumprimentos