The Rolling Stones - "Going Home"
Considero "Aftermath" o melhor ábum dos Stones e, seguramente, um dos melhores álbuns de sempre da música popular. Um dos temas emblemáticos do álbum, um dos primeiros de um grupo rock a ultrapassar os normais 3 ou 4' de uma gravação (tem 11' 35'') e um dos meus preferidos, é este "bluesy" e "homesick focused" (sentimento tão caro aos "bluesmen") "Going Home", de Mick Jagger e Keith Richard, que nos remete notoriamente para as origens do grupo no Crawdaddy e no Marquee. Quanto a mim, um monumento e uma enorme homenagem às suas raízes.
The Beatles - "A Day In The Life"
Se os "blues" são a fonte quase única de inspiração de "Going Home", um dos temas emblemáticos do álbum homólogo - digamos assim, sem demasiadas preocupações de rigor - dos Beatles, "Sgt Pepper's Lonely Hearts Club Band", a faixa "A Day In The Life", que, quanto a mim e em alguma medida, estará para "Sgt Pepper's..." como "Going Home" está para "Aftermath", até na sua duração, é um bom exemplo, pelo contraste, das diferenças entre os dois grupos. Com "A Day In The Life" estamos na presença de uma música complexa, que mistura em doses variáveis "vaudville", psicadelismo e rock sinfónico, e uma letra que nos remete para o surrealismo, bem longe da simplicidade repetitiva, mas extraordinária, da temática de "Going Home". É um bom exemplo de como os Beatles souberam amalgamar em doses certas " rock n' roll", experimentalismo e diversas influências contidas na chamada "música ligeira". Estamos já longe do "merseysound", mas poderiam ter chegado aqui com outras origens?
1 comentário:
Partilho consigo a opinião que Aftermath é um dos grandes LPs da história da música.
Goin' Home é um pedaço de R&B sempre bom de saborear. As mudanças de ritmo são fabulosas, especialmente se tivermos em conta que estávamos a ouvir uma banda composta por músicos muito jovens.
Mas A day in the life é um portento, uma das grandes músicas do século e consequentemente dos Beatles. É o Pomp&Circunstance do grupo de Liverpool. Uma peça daquele quilate, naquela altura, só podia sair do génio do duo Lennon/McCartney. Ou talvez Brian Wilson.
Abraço
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