Vou propor-lhes um pequeno exercício. Ponham lá agora de parte, por muito que isso vos custe, as simpatias ou antipatias, políticas ou pessoais, por muitas que elas sejam, para com Cavaco Silva - e as minhas simpatias são nenhumas e antipatias quase todas. Façam ainda um exercício mais difícil e coloquem-se no lugar de Presidente da República. Já estão? Pois agora digam-me lá se, com o país sob resgate financeiro e sem uma alternativa credível e consistente, de política e de governo, corporizada pelo Partido Socialista, arriscariam algo mais do que umas críticas de circunstância, aqui e ali, ao actual governo, para além de alguma actuação de bastidores em termos de facilitador de consensos?
Ok, nada nos diz que se alternativa existisse o comportamento de Cavaco Silva poderia ser diferente; provavelmente não seria, mas isso entra já no domínio da especulação. Ou não será assim?
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