quarta-feira, março 20, 2013

Seguro e a Comissão Nacional extraordinária

Ao afirmar que "estamos perante uma situação de tragédia" e ao convocar, por essa razão, uma Comissão Nacional extraordinária, António José Seguro tem de saber que dela só pode sair uma decisão em conformidade com o que anuncia, isto é, uma posição significativamente mais dura e até radical no relacionamento do PS com o governo. Caso contrário, a sua credibilidade e a do seu partido perante os portugueses, já de si em baixa, sofrerá mais um enorme golpe, deixando ainda mais enfraquecida qualquer hipótese de alternativa consistente e democrática ao actual governo. 

Mas quando ontem ouvi Augusto Santos Silva colocar nas mãos de Presidente da República a resolução de um problema que deveria pertencer em primeiro lugar ao PS, como principal partido da oposição, e para a qual o partido deveria dar contribuição fortalecida; quando, apesar disso, a teoria e prática do partido e do seu actual líder se têm mostrado incapazes de construir uma alternativa que a maioria dos portugueses sinta como sua; vejo com dificuldade o que tal reunião possa acrescentar à situação existente. É que se estamos perante mais uma atitude do género "agarrem-me senão vou-me a ele", mais vale estar quieto. 

3 comentários:

Anónimo disse...

Volto a repetir: Totozé é o maior seguro do governo.
O país está numa situação de tragédia (nisso Totozé tem razão), mas olha-se para a alternativa (PS do Totozé) e a crise de nervos não desaparece.

Cumprimentos

JC disse...

Pois, esse é o drama...

Anónimo disse...

É mesmo, pode crer.