Ora vamos lá imaginar que, para além da vingança mesquinha pura e dura e da tentativa de inverter o seu decréscimo de popularidade, Cavaco Silva, com as acusações a José Sócrates no seu "prefácio", tinha em mente colocar em dificuldades a chamada "ala socrática" dentro do PS e, assim, facilitar a estratégia de António José Seguro de aproximação a um "bloco central" liderado, de facto, por Cavaco Silva e nele se integrando os seus fiéis dentro do PSD (Ferreira Leite e por aí fora). Falhanço rotundo: não só obrigou Seguro a vir em socorro dos"socráticos"(vamos chamar-lhes assim por comodidade), como o resultado é exactamente o oposto: coloca Seguro e a sua estratégia em sérias dificuldades para se imporem dentro do PS. De caminho, ainda deu azo a que um "socrático" (Pedro Silva Pereira) brilhasse na TVI24, estabelecendo para com Miguel Relvas, o seu homólogo no actual governo, um contraste penoso para este último. Digamos que ou Cavaco é demasiado maquiavélico, ou a sua inteligência política é diminuta.
Já agora... Este último "caso", mas também todos os anteriores que não se ficaram a dever ao pouco à vontade do actual Presidente da República perante os improvisos, a começar pelo das alegadas "escutas", levam-me a perguntar qual o grau de preparação dos assessores de Belém. É que os erros acumulados são tão infantis que, das duas uma: ou esses assessores são, em si mesmo, muito maus; ou Cavaco Silva é mesmo incontrolável e "faz o que lhe dá na real gana", dispensando os conselhos da assessoria. Mas se assim é, já era tempo de terem existido demissões. Ou não será assim?
2 comentários:
Cavaco no seu melhor JC.
Ou pior...
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