Pois, a diferença entre um jogo pessimamente gerido e um outro muito bem gerido pode bem ser esta: o caminho que medeia entre a derrota e a vitória. E atenção, a gestão do jogo não se limita ao que um treinador faz durante os 90'; começa muito antes, no modo como se prepara a equipa para entender o jogo do adversário e ultrapassar os problemas que este lhe irá colocar. Desta vez, contra o Zenit, Jorge Jesus pensou muito bem e fez tudo ainda melhor. Só podia dar certo, provando também, ao contrário do que costuma dizer a crítica, que Aimar, muito útil em certas circunstâncias, não é assim tão essencial para a equipa ganhar os grandes jogos.
Já agora e a "talhe de foice"... Tenho ouvido e lido por aí que no SLB-FCP "Vítor Pereira surpreendeu Jorge Jesus com o modo como a sua equipa entrou em campo". Duas notas:
- Se surpreendeu, isso aconteceu apenas por distração ou estupidez de Jorge Jesus, pois o FCP tinha jogado exactamente da mesma maneira em Manchester.
- Mas alguma equipa digna desse nome entra em campo preparada apenas para uma única ideia de jogo do adversário sem ter sido instruída para cenários de jogo alternativos? Se sim, então estamos mesmo perante um caso grave de incompetência de um treinador e equipa técnica. Se não, e os jornalistas e comentadores acham que sim - que há lugar a esse tipo de surpresas - então a incompetência muda de protagonistas e transfere-se inteirinha para os jornalistas e comentadores que assim pensam.
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