Para muitos portugueses, o FMI começa a encarnar uma espécie de mito sebastianista pós-moderno, do século XXI e sob a forma de “sociedade anónima” substituindo a até aqui tradicional “em nome individual”. Tornando os actuais tempos inviáveis as soluções caudilhistas do tipo clássico - “sidonista” (“morro bem, salvem a pátria” é uma bela frase para substituir a “morrer sim, mas devagar”), “salazarista”, “spinolista” e por aí fora – e tendo Cavaco Silva recusado assumir o papel para o qual alguma direita em “plano inclinado” e Manuel Villaverde Cabral o empurravam e lhe atribuíam no “script” por eles escrito para o Portugal presente, resta a solução sebastiânica “colectiva e institucional”, sem rosto ou “encoberta”, assumida por um FMI tornado messiânico e que vai “pôr isto tudo na ordem”. Uma tristeza de ideias, a desta gente!
3 comentários:
Sim, com um "pequeno" detalhe: o sebastianismo é patriótico, acredita que as forças da regeneração estão em nós, portugueses, não numa entidade externa, acéfala e, obviamente, sem alma. Por isso este "movimento"ainda mais triste é.
Bem lembrado, Alda.E tem razão. Mas confesso que - defeito meu - essas questões do patriotismo passam-me sempre um pouco ao lado. É qunca fui mtº tocado por tal "graça".
Cumprimentos
"que nunca" e não "qunca", claro.
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