Por muito que tenhamos a apontar a alguns comportamentos públicos do primeiro-ministro e discordemos de algumas medidas do seu governo ou até de todas elas (e em relação a isso já neste “blogue” tenho expresso, veementemente, discordâncias e concordâncias) a actual direcção do PSD, com a conivência de alguns jornais (?), jornalistas(?), operadores do sistema judicial e na ausência de uma política alternativa bem visível na questão do orçamento de estado, está a transformar a saudável luta política e ideológica numa autêntica “caça ao homem”, na pessoa de José Sócrates, mesmo que para isso se veja sistematicamente obrigado a minar alguns dos alicerces definidores do estado de direito. Está a brincar de aprendiz de feiticeiro, pois pode estar certo um dia alguém acenderá o rastilho ou dará o encontrão final. Pode ser que, nesse dia, o PSD, ou pelo menos alguns dos seus actuais dirigentes a quem ainda reconheço convicções democráticas, também sofra as consequências, tal como aconteceu a alguns velhos republicanos a quem o 28 de Maio seduziu. Será tarde.
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