Uma última nota (já por aí há demasiado ruído) sobre os incidentes do 1º de Maio para aqueles que são de opinião não se poder responsabilizar a CGTP sobre o que aconteceu.
Em primeiro lugar a organização do evento pertencia à CGTP, que até tem por hábito, normalmente, pôr a funcionar um serviço de ordem bem eficaz destinado a assegurar o normal funcionamento das suas manifestações. Não vi, nas imagens passadas pelas televisões, qualquer actuação desse serviço de ordem no sentido de evitar as agressões e injúrias a Vital Moreira; o que vi, sim, foi uma tentativa esforçada de alguns (poucos) dirigentes para evitar um mal maior. Claro que, ao contrário do que acontece com os autores das injúrias e agressões, que podiam e deviam ser processados criminalmente, não me parece isso possa acontecer com a CGTP; mas da responsabilização cívica e política ninguém os livra.
Em segundo lugar, serei forçado a concordar parcialmente com Vitalino Canas (pelo qual, note-se, não nutro qualquer espécie de simpatia) quando ele afirma que a CGTP, nas suas manifestações, andou a semear ódios que dificilmente poderiam ter outro desenlace. Parcialmente – disse – porque não posso concordar com o foco ele coloca nas “esperas” e assobios ao primeiro-ministro e nas manifestações à porta das sedes do PS. Desde que legais, ou mesmo que até um pouco para além da legalidade pois prefiro sacrificar um pouco da lei a qualquer tique de autoritarismo, nada tenho a obstar. O problema não é esse, portanto. O problema está mais em certas atitudes e palavras de ordem vistas e ouvidas em manifestações anteriores, que me parecem para além do democraticamente tolerável. Para que não existam dúvidas: nada tenho contra manifestações combativas (antes pelo contrário), em que os manifestantes (concordando ou discordando eu dos seus objectivos) exprimam “alto e bom som” ao que vão, o que querem e o que lhes vai na alma. Muito bem! Que chamem até “mentiroso” a José Sócrates, acusando-o do não cumprimento de promessas eleitorais: tivesse ou não a isso sido forçado pelas circunstâncias, trata-se de uma legítima acusação política. Agora, como já ouvi, que seja acusado de corrupto, ladrão, “fascista” e outras “tretas” no género de carácter pessoal (não me lembro se já chegaram ao “cabrão” e “filho da puta”), há muito que os dirigentes sindicais deviam a isso ter posto cobro. Não o tendo feito, a tempestade política estava agora pronta a ser colhida.
Em primeiro lugar a organização do evento pertencia à CGTP, que até tem por hábito, normalmente, pôr a funcionar um serviço de ordem bem eficaz destinado a assegurar o normal funcionamento das suas manifestações. Não vi, nas imagens passadas pelas televisões, qualquer actuação desse serviço de ordem no sentido de evitar as agressões e injúrias a Vital Moreira; o que vi, sim, foi uma tentativa esforçada de alguns (poucos) dirigentes para evitar um mal maior. Claro que, ao contrário do que acontece com os autores das injúrias e agressões, que podiam e deviam ser processados criminalmente, não me parece isso possa acontecer com a CGTP; mas da responsabilização cívica e política ninguém os livra.
Em segundo lugar, serei forçado a concordar parcialmente com Vitalino Canas (pelo qual, note-se, não nutro qualquer espécie de simpatia) quando ele afirma que a CGTP, nas suas manifestações, andou a semear ódios que dificilmente poderiam ter outro desenlace. Parcialmente – disse – porque não posso concordar com o foco ele coloca nas “esperas” e assobios ao primeiro-ministro e nas manifestações à porta das sedes do PS. Desde que legais, ou mesmo que até um pouco para além da legalidade pois prefiro sacrificar um pouco da lei a qualquer tique de autoritarismo, nada tenho a obstar. O problema não é esse, portanto. O problema está mais em certas atitudes e palavras de ordem vistas e ouvidas em manifestações anteriores, que me parecem para além do democraticamente tolerável. Para que não existam dúvidas: nada tenho contra manifestações combativas (antes pelo contrário), em que os manifestantes (concordando ou discordando eu dos seus objectivos) exprimam “alto e bom som” ao que vão, o que querem e o que lhes vai na alma. Muito bem! Que chamem até “mentiroso” a José Sócrates, acusando-o do não cumprimento de promessas eleitorais: tivesse ou não a isso sido forçado pelas circunstâncias, trata-se de uma legítima acusação política. Agora, como já ouvi, que seja acusado de corrupto, ladrão, “fascista” e outras “tretas” no género de carácter pessoal (não me lembro se já chegaram ao “cabrão” e “filho da puta”), há muito que os dirigentes sindicais deviam a isso ter posto cobro. Não o tendo feito, a tempestade política estava agora pronta a ser colhida.
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