"D. Camillo", de Julien Duvivier (1952)
Qual cinéfilo da minha geração não se lembra dos filmes de D. Camillo e Peppone?, símbolos do “compromisso histórico” dos pós-guerra italiano entre as duas maiores forças que se tinham oposto à ditadura fascista de Mussolini: a Democracia Cristã, representada pelo padre D. Camillo (Fernandel) e o Partido Comunista, representado pelo autarca Peppone (Gino Cervi). Apesar desse mesmo “compromisso histórico”, ou exactamente por causa dele, D. Camillo e Peppone lá se iam degladiando, à sua maneira, pela influência das forças que representavam (a igreja católica e o PCI) junto dos habitantes da aldeia onde viviam, numa luta renhida mas onde não estava ausente o respeito e admiração mútuos, apelando frequentemente D. Camillo ao auxílio de Jesus, em diálogos deliciosos, que lá o ia aconselhando a manter o bom senso e o fair play necessários ao bom termo da empresa.
Tenho-me lembrado disto a propósito da “novela” em que já se tornou a possível contratação do treinador Jesus (o terreno!) pelo meu clube. Como há que tirar partido das situações, mesmo as mais tristes e deprimentes, para, tanto quanto possível, manter o bom humor, resolvi aqui deixar uma breve sequência de D. Camillo (1952 e penso que o primeiro da série), em que D. Camillo, carregando Jesus crucificado, tenta evitar o boicote de Peppone e dos comunistas a uma procissão por si organizada. Talvez, em certa medida, uma alegoria ao modo como LFV tenta, com o possível apelo a um novo Jesus e com a ajuda deste, converter os sócios e adeptos benfiquistas à sua causa. Por mim, bem perde o seu tempo!
Tenho-me lembrado disto a propósito da “novela” em que já se tornou a possível contratação do treinador Jesus (o terreno!) pelo meu clube. Como há que tirar partido das situações, mesmo as mais tristes e deprimentes, para, tanto quanto possível, manter o bom humor, resolvi aqui deixar uma breve sequência de D. Camillo (1952 e penso que o primeiro da série), em que D. Camillo, carregando Jesus crucificado, tenta evitar o boicote de Peppone e dos comunistas a uma procissão por si organizada. Talvez, em certa medida, uma alegoria ao modo como LFV tenta, com o possível apelo a um novo Jesus e com a ajuda deste, converter os sócios e adeptos benfiquistas à sua causa. Por mim, bem perde o seu tempo!
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