O recente episódio sobre a utilização indevida de imagens, recolhidas numa escola, num tempo de antena do PS é apenas mais um episódio do fait-divers político em que erros de gestão do governo, neles incluído o excesso de propaganda, deixaram enredar o “Magalhães”, um projecto que continha em si (e continua a conter), na sua essência e objectivos, muito de positivo. Claro que, tratando-se de assunto fácil de explorar pelos vários populismos, a oposição não se fez rogada, aproveitando a inércia criada pela armadilha propagandística em que o governo se deixou aprisionar para, tal como um judoca aproveita a força do adversário para o derrubar, fazer a festa, deitar os foguetes e apanhar as canas. Enquanto fait-divers político, confesso, o assunto pouco me interessa e prefiro, apesar dos erros, salientar o que é essencial num projecto que disponibiliza computadores gratuitamente – ou quase - a crianças em idade escolar.
Tendo dito isto, o que as últimas notícias sobre o tal caso das imagens indevidamente utilizadas vem comprovar – e, isso sim, é bem mais grave e por isso já me interessa – é, em primeiro lugar, a total irresponsabilidade com que o Estado continua a adjudicar projectos em outsourcing a empresas quase desconhecidas, pouco estruturadas e com pouco trabalho anterior que possa garantir a sua credibilidade (serão estas as tais PMEs a que Ferreira Leite queria dar preferência?) e, em segundo lugar e apesar dos efectivos de que dispõe, a sua incapacidade aparente para controlar o trabalho dessas mesmas empresas e a ausência, apesar da burocracia existente (ou se calhar por causa dela), de responsabilização interna pelas falhas emergentes.
Esta sim, é uma situação estrutural, por isso mesmo grave, que atravessa governos e é responsável por ineficiências que custam o dinheiro dos contribuintes e o enfraquecimento do próprio Estado.
Tendo dito isto, o que as últimas notícias sobre o tal caso das imagens indevidamente utilizadas vem comprovar – e, isso sim, é bem mais grave e por isso já me interessa – é, em primeiro lugar, a total irresponsabilidade com que o Estado continua a adjudicar projectos em outsourcing a empresas quase desconhecidas, pouco estruturadas e com pouco trabalho anterior que possa garantir a sua credibilidade (serão estas as tais PMEs a que Ferreira Leite queria dar preferência?) e, em segundo lugar e apesar dos efectivos de que dispõe, a sua incapacidade aparente para controlar o trabalho dessas mesmas empresas e a ausência, apesar da burocracia existente (ou se calhar por causa dela), de responsabilização interna pelas falhas emergentes.
Esta sim, é uma situação estrutural, por isso mesmo grave, que atravessa governos e é responsável por ineficiências que custam o dinheiro dos contribuintes e o enfraquecimento do próprio Estado.
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