Já se percebeu que o “it man” do momento tem “boa imprensa”; como não sou ingénuo acho João Gabriel estará a bem cumprir a função para o qual é pago. Mas como o ridículo mata convém também que não exagere.
Ontem, o “Público”, normalmente mais dado a panegíricos relacionados com um tal clube do norte, contava, em tom elogioso, a história de um telefonema de Jorge Jesus a José Pedro, jogador do CFB, perguntando-lhe se este estaria a ver um determinado jogo da "Champions League" e, no caso afirmativo, que reparasse nas funções desempenhadas por Cambiasso, pois era exactamente isso que JJ pretendia JP executasse em campo.
Bom, no caso de vir a treinar o SLB, espero JJ não se lembre de fazer algo de semelhante com Pablo Aimar, José António Reyes ou outro de igual quilate. É que o melhor que lhe pode acontecer é nenhum destes sequer lhe atender o telefone e o pior é ter de volta uma resposta que o faça nunca mais ter vontade de repetir o telefonema!
Ontem, o “Público”, normalmente mais dado a panegíricos relacionados com um tal clube do norte, contava, em tom elogioso, a história de um telefonema de Jorge Jesus a José Pedro, jogador do CFB, perguntando-lhe se este estaria a ver um determinado jogo da "Champions League" e, no caso afirmativo, que reparasse nas funções desempenhadas por Cambiasso, pois era exactamente isso que JJ pretendia JP executasse em campo.
Bom, no caso de vir a treinar o SLB, espero JJ não se lembre de fazer algo de semelhante com Pablo Aimar, José António Reyes ou outro de igual quilate. É que o melhor que lhe pode acontecer é nenhum destes sequer lhe atender o telefone e o pior é ter de volta uma resposta que o faça nunca mais ter vontade de repetir o telefonema!
2 comentários:
A imprensa nacional está mesmo pelas ruas da amargura. Vendo hoje a capa do expresso, deu-me vontade de chorar! E de pensar: Ainda vou a tempo de me baldar daqui para fora!
Queria levantar aqui outro tema: o falhanço dos treinadores espanhóis por esse mundo fora (eu sei que a esta hora está a pensar no Benitez, mas já lá vamos)
Antes de mais quero dizer que sou a favor da continuidade de Quique, não que o considere um grande treinador mas porque acho que é alguém trabalhador com bom senso (e a falta de bom senso que existe no SLB!) e permite que haja alguma estabilidade no clube.
Mas vejamos os treinadores Espanhóis no estrangeiro: Juande Ramos - Corrido do Tottenham. Valverde - Direcção do Olympiacos decidiu rescindir com o treinador no final da época, após menos de 10 meses no clube. Luis Aragónes - Decidido esta semana que sairá do Fernebache no final da época após um ano desastroso (4º no campeonato Turco, último do Grupo na 1º fase da Champions, final da taça perdida por 4-2 para o Besiktas). Quique Flores - Já sabemos.
Apenas Benitez parece manter-se no Liverpool, apesar de ao final de 5 anos ainda não ter conseguido ganhar 1 campeonato e de contar com uma equipa que, na minha opinião, é talvez a 2ª melhor do mundo a nível individual (apenas suplantada pelo Barça) com um meio campo ao nível do Chelsea (Xabi, Gerrard, Mascherano, Lucas, ...), o melhor PDL da actualidade (Torres) e com muitas soluções atacantes (Kuyt, Babbel, Keane, Benayoun, ...) e uma defesa estável à 7 ou 8 anos! Só em Inglaterra Benitez se consegue manter tantos anos sem ganhar o campeonato.
Deixo-lhe agora o repto de analisar o que está por detrás deste insucesso! Na minha opinião o 4-4-2 de contra ataque ((linhas baixas, meio campo pressionante e pontas de lança rápidos) que os treinadores espanhóis tanto gostam, não funciona fora de Espanha e em equipas de topo. Mesmo em Espanha, o Barcelona domina o campeonato, sendo a única equipa que funciona num esquema diferente.
1. Concordo basicamente c/ o que diz. Aliás, desde os 1ºs jogos do SLB da era Quique que tenho aqui colocado a questão do modelo de jogo como "issue" essencial. Mas Rui Costa, que conhece bem o futebol europeu, devia sabê-lo e, logo, ter tido isso em consideração quando contratou Quique Flores. E se o fez deveria ter-lhe dado tempo, assumindo as responsabilidades. Mas tb o que é um facto é que quando Quique se viu obrigado a mudar de modelo, com a lesão de Suazo, nada melhorou significativamente, o que pode - e deve - levar-nos a pensar até que ponto seria essa a questão essencial ou se isso apenas aconteceu por questões laterais (ausência de jogadores adaptáveis ao novo modelo, treino insuficiente do mesmo, etc.
2. o caso Aragonés é mais um "case study" que relança a questão seleccionador/treinador de clube e, mais ainda, a da adequação de um mesmo treinador a projectos distintos ou a da real importância de um treinador numa estrutura.
3. Já agora: considero o Benitez um excelente treinador mas, como sabe, nunca morri de amores pelo modelo de jogo que perfilha. Aliás - lembra-se - já me irritava o modelo do Hector Cúper no Valência (com os Abelda, Baraja e quejandos), que não era assim tão diferente. É, essencialmente, um modelo para quem quer ser 2º, apesar do Liverpool ter conseguido ser campeão europeu. Mas numa prova a eliminar...
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