Juro que não pretendo nenhum português pronuncie o nome de Winston Churchill tal qual o velho Pessa o fazia, no seu ”received english”. Muito menos que alguém pronuncie nomes eslavos qual José Milhazes ou Egveni Mouravitch de trazer por casa, até porque pelo nome este parece ser mesmo lá do sítio. Muito menos que alguém mencione o nome do general De Gaulle tal como aquele senhor, do qual não me lembro o nome, das “Actualidades Francesas – Assim Vai o Mundo”, o fazia... Mas, que raio!, dizer enormes barbaridades, isto é, coisa digna de gente pouco civilizada, também me parece um pouco exagerado.
É que já não basta, um pouco por todo este Portugal, os jornalistas falantes terem decidido que os condados ingleses terminados em “shire” se pronunciavam “shaiare”, vá lá Deus Nosso Senhor (é assim que se escreve?, com maiúsculas e tudo ou estou a ser blasfemo?) entender o porquê, talvez porque na escola lhes tenham ensinado que o “i” em inglês vale “ai” ou nunca se tenham dedicado à tarefa de “ir às bifas” como aquele tal senhor “qualquer coisa” lá do Algarve. Oh, homens!, neste caso digam à portuguesa que sempre ficam mais perto!
O problema, o verdadeiro problema, é que não tentam pelo menos dizer algo de parecido, que não brade aos “Céus” (é assim?), deixando então para os senhores correspondentes, com a sua dicção muito própria, a pronúncia correctíssima de cada local. Mas esforcem-se, caramba, até porque já não é preciso falar para a embaixada respectiva para conseguir ter a pronúncia correcta e, então, tentar dizer algo de mais ou menos aproximado, mais ou menos adaptado aos usos e costumes locais. Basta ir à “net”, caramba, onde encontram maneira de conhecer a pronúncia correcta. Depois... bom, depois é só tentar dizer algo de parecido!
Querem mais exemplos? Olhem, não digam o “J” catalão como pronunciam a mesma letra em castelhano: é mesmo “J” (“Jordi”, por exemplo). Mais? Não digam que um cidadão da mesma nacionalidade se chama “Puig”: lê-se “Putsh”, não custa nada. Mais ainda? A capital do Montenegro (Podgorica) não é Podgorika, mas sim Podgoritsa. Vêm?, não custa mesmo nada. E, já agora, Nico Kranjčar, jogador de futebol do Portsmouth e da selecção croata, não se pronuncia “Kranikar”, mas sim alguma coisa de parecido com Krantshar, tal como Paolo, lá por se escrever com “o”, não se pronuncia Páólo, mas quase como o Paulo português, prolongando um pouco o “o” fechado”. E isto são só alguns exemplos.
Vá, senhores jornalistas falantes, comecem lá a experimentar: vão ver que não custa mesmo nada e apenas demonstra rigor, profissionalismo, brio pessoal, algo que anda tão em falta aqui pelos nossos costumes. Deixem o “received english” para o velho Pessa lá na rádio do outro mundo onde ele já faz furor; saibam que nunca conseguirão pronunciar o russo como o José Milhazes ou o Egveni Mouravitch; acreditem que já não há “Actualidades Francesas – Assim Vai o Mundo”. Mas, por favor, vão à “net”, digam algo de parecido e poupem-me às vossas pronúncias bárbaras!
É que já não basta, um pouco por todo este Portugal, os jornalistas falantes terem decidido que os condados ingleses terminados em “shire” se pronunciavam “shaiare”, vá lá Deus Nosso Senhor (é assim que se escreve?, com maiúsculas e tudo ou estou a ser blasfemo?) entender o porquê, talvez porque na escola lhes tenham ensinado que o “i” em inglês vale “ai” ou nunca se tenham dedicado à tarefa de “ir às bifas” como aquele tal senhor “qualquer coisa” lá do Algarve. Oh, homens!, neste caso digam à portuguesa que sempre ficam mais perto!
O problema, o verdadeiro problema, é que não tentam pelo menos dizer algo de parecido, que não brade aos “Céus” (é assim?), deixando então para os senhores correspondentes, com a sua dicção muito própria, a pronúncia correctíssima de cada local. Mas esforcem-se, caramba, até porque já não é preciso falar para a embaixada respectiva para conseguir ter a pronúncia correcta e, então, tentar dizer algo de mais ou menos aproximado, mais ou menos adaptado aos usos e costumes locais. Basta ir à “net”, caramba, onde encontram maneira de conhecer a pronúncia correcta. Depois... bom, depois é só tentar dizer algo de parecido!
Querem mais exemplos? Olhem, não digam o “J” catalão como pronunciam a mesma letra em castelhano: é mesmo “J” (“Jordi”, por exemplo). Mais? Não digam que um cidadão da mesma nacionalidade se chama “Puig”: lê-se “Putsh”, não custa nada. Mais ainda? A capital do Montenegro (Podgorica) não é Podgorika, mas sim Podgoritsa. Vêm?, não custa mesmo nada. E, já agora, Nico Kranjčar, jogador de futebol do Portsmouth e da selecção croata, não se pronuncia “Kranikar”, mas sim alguma coisa de parecido com Krantshar, tal como Paolo, lá por se escrever com “o”, não se pronuncia Páólo, mas quase como o Paulo português, prolongando um pouco o “o” fechado”. E isto são só alguns exemplos.
Vá, senhores jornalistas falantes, comecem lá a experimentar: vão ver que não custa mesmo nada e apenas demonstra rigor, profissionalismo, brio pessoal, algo que anda tão em falta aqui pelos nossos costumes. Deixem o “received english” para o velho Pessa lá na rádio do outro mundo onde ele já faz furor; saibam que nunca conseguirão pronunciar o russo como o José Milhazes ou o Egveni Mouravitch; acreditem que já não há “Actualidades Francesas – Assim Vai o Mundo”. Mas, por favor, vão à “net”, digam algo de parecido e poupem-me às vossas pronúncias bárbaras!
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